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Crise criou condições de recrutamento para ISIS, diz Gomes

A eurodeputada socialista Ana Gomes defendeu hoje em Nova Iorque que "a crise económica europeia criou condições de recrutamento de jovens para estado islâmico."

Crise criou condições de recrutamento para ISIS, diz Gomes
Notícias ao Minuto

20:08 - 31/10/14 por Lusa

Mundo PS

Numa palestra na Universidade de Columbia, a deputada explicou que é preciso "perceber os contextos de exclusão social, desemprego, intolerância religiosa e outras formas de alienação que tornam estes jovens alvos de ser recrutados."

Na Escola de Assuntos Públicos e Internacionais, numa conversa moderada pelo diretor do Programa de Construção de Paz e Direitos, David L. Phillips, a deputada falou sobre o tema "A resposta da UE aos conflitos mortais: Iraque, Síria, Líbia e Ucrânia".

Ana Gones apontou as ferramentas que a União Europeia tem ao seu dispor enquanto instrumento de prevenção e resolução de conflitos, as alterações introduzidas pelo Tratado de Lisboa e o papel diplomático que uma instituição como o Parlamento Europeu pode ter na comunidade internacional.

Apesar de ter recebido perguntas da sala cheia de estudantes, diplomatas e membros de organizações não-governamentais sobre a situação na Ucrânia, Rússia, Irão e Líbia, sobre a eficácia de uma política de sanções e a colaboração parlamentar com os EUA, o Estado Islâmico dominou a conversa de cerca de duas horas.

Ana Gomes defendeu que para enfrentar esta ameaça a União Europeia "precisa de uma política de segurança e defesa inteligente e estratégica, que integre as dimensões externa e interna, com meios substantivos, e que combine serviços de 'inteligência', polícia, serviços sociais, educacionais e outros."

Em declarações à agência Lusa, Ana Gomes explicou a sua posição sobre o tratamento que deve ser prestado aos combatentes regressados à Europa.

"Os que regressam devem ser tratados respeitando os princípios fundamentais de um Estado de Direito. No quadro do código penal, devem ser levados à justiça e punidos. Depois, se for caso disso, devem receber ajuda para serem reintegrados na sociedade", explicou a representante.

Ana Gomes acredita que "retirar passaporte e nacionalidade, como alguns têm proposto, não resolve o problema, podendo agravar e exportar para a vizinhança."

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