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TDT vai acabar com "zonas sombras" em Cabo Verde
O Governo cabo-verdiano garantiu hoje que a Televisão Digital Terrestre (TDT), prevista para arrancar até junho de 2015, vai acabar com as "zonas sombra" de acesso ao sinal da televisão e da rádio no arquipélago.
© Lusa
Mundo Governo
A garantia foi dada hoje pelo ministro da Presidência do Conselho de Ministros e da Comunicação Social, Démis Lobo Almeida, para dar conta das decisões tomadas quinta-feira pelo Conselho de Ministros, indicando que a rede será instalada em duas fases.
A primeira fase, indicou, estará funcional ao longo do ano de 2015 e além do centro de agregação da Cidade da Praia, serão instaladas as redes em toda a ilha de Santiago, Maio, São Vicente e Sal, abrangendo 12 dos 22 municípios do país, o que dá uma cobertura em termos populacionais na ordem dos 65 a 70%.
"Na segunda fase, serão implementadas as outras redes nas restantes cinco ilhas habitadas do país, Santo Antão, São Nicolau, Boavista, Fogo e Brava, abrangendo os 22 municípios e com uma taxa de cobertura na ordem dos 93 a 98% da população", contabilizou Démis Almeida.
Questionado sobre o porquê da não cobertura total da rede, o porta-voz do Conselho de Ministros cabo-verdiano esclareceu que tem a ver com "questões técnicas" e com "pequenos constrangimentos", com o acesso em algumas zonas do país.
O ministro indicou que a rede TDT será composta por 60 estações, sendo que 39 já existem, e apenas precisarão de melhorias, e as restantes 21 serão construídas de raiz.
O governante garantiu também que os concursos públicos internacionais para a aquisição de equipamentos e instalação da rede já foram lançados e estão em fase de conclusão.
O "apagão" analógico acontecerá a 17 de junho de 2015, conforme determinou a União Internacional de Telecomunicações (UIT).
Démis Lobo Almeida garantiu que Cabo Verde vai respeitar a "data indicativa", mas frisou que poderá ser necessário estabelecer um "período de convívio" entre o sistema analógico e o digital e que o país poderá pedir a prorrogação do prazo.
Cabo Verde é um dos cinco países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) que estão mais avançados em termos de implementação da TDT.
Em julho, durante uma reunião da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) sobre a transição da rede analógica para a TDT, o presidente da Agência Nacional das Comunicações (ANAC) cabo-verdiana, David Gomes, disse que Cabo Verde quer ter um dos laboratórios de testes no terreno.
O responsável indicou que o país vai usar como argumento a seu favor o facto de ter algumas ilhas montanhosas, um relevo muito acidentado, vales e ribeiras, ao contrário de outros membros da CEDEAO, que são completamente planos.
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