Burkina Faso: Bruxelas defende que cabe ao povo decidir o futuro
A União Europeia (UE) defendeu hoje que "cabe ao povo do Burkina Faso decidir o seu futuro", depois dos tumultos exigindo a demissão do Presidente e do anúncio pelas Forças Armadas da criação de um órgão de transição.
© Reuters
Mundo Diplomacia
"Apelamos para o sentido de responsabilidade de todas as forças políticas, das Forças Armadas e das instituições republicanas, assim como do povo do Burkina Faso, para construírem juntos um novo futuro para o país, de forma tranquila e no respeito pelos princípios democráticos e constitucionais", afirmou um porta-voz do serviço diplomático da UE.
Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se nos últimos dias na capital do Burkina Faso, Ouagadougou, exigindo a demissão do presidente Blaise Compaoré.
Já depois da tomada de posição da UE, Blaise Compaoré anunciou a demissão.
Na quinta-feira, os protestos degeneraram em tumultos que se saldaram na morte de pelo menos 30 pessoas.
Os protestos no país foram desencadeados pela decisão de Compaoré de rever a Constituição para prolongar o mandato presidencial. O projeto foi retirado, mas a oposição mantém a exigência de que Compaoré abandone o cargo.
As forças armadas do Burkina Faso anunciaram na quinta-feira a dissolução do Governo e do parlamento, a instauração de um recolher obrigatório e a criação de um órgão de transição, depois de o presidente, no poder há 27 anos, ter afirmando que não se demite, num discurso transmitido pela televisão.
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