Penas mais pesadas não reduzem consumo de drogas
Não existe "nenhuma relação óbvia" entre o consumo de drogas e as penas que são aplicadas a quem o faz. A conclusão é de um estudo feito no Reino Unido, que comparou a legislação de países como Portugal, onde as penas são mais leves e o consumo não é baixo, segundo a BBC.
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Mundo Relatório
Um estudo feito no Reino Unido, tendo como base a legislação de 13 países, permitiu concluir que a atribuição de penas mais duras não leva a uma redução do consumo de drogas.
Este tema é encarado com preocupação, num país pouco tolerante no que diz respeito ao consumo e posse de estupefacientes.
Neste âmbito, Portugal é um exemplo, uma vez que não aplica penas à posse de pequenas quantidades de droga, conseguindo, mesmo assim, reduzir o consumo de drogas, bem como os casos de doenças com elas relacionadas.
À BBC, o secretário de Estado britânico do Interior garantiu que o governo não tem "absolutamente nenhuma intenção de discriminalizar as drogas”, mas que uma abordagem mais focada no tratamento seria muito mais eficaz do que colocar o foco nas punições.
"As pessoas são tratadas como um número, recebem uma multa, recebem uma advertência, são colocadas na prisão e nada disso muda o seu vício nas drogas. Se estamos interessados em mudar o comportamento das pessoas, então temos de olhar para isto do ponto de vista da saúde”, afirmou Norman Baker.
Porém, esse parece não ser o entender do Executivo, que considera que a estratégia de punir arduamente quem usa drogas está a dar frutos.
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