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Jornalistas atacados em manifestação contra protestos

Vários jornalistas foram atacados durante a cobertura de uma manifestação contra o movimento pró-democracia que há um mês ocupa várias ruas de Hong Kong, em mais uma noite de desacatos.

Jornalistas atacados em manifestação contra protestos
Notícias ao Minuto

06:31 - 26/10/14 por Lusa

Mundo Hong Kong

Os incidentes foram registados esta madrugada na zona de Tsim Sha Tsui, no extremo sul da península de Kowloon, onde grupos opositores dos protestos tinham organizado uma concentração para pedir o regresso "à normalidade" da antiga colónia britânica, que entra na quinta semana de ocupação das ruas.

A multidão cercou os jornalistas que cobriam o evento, os quais foram chamados de "traidores", e vários dos profissionais de comunicação de órgãos locais sofreram ataques físicos, de acordo com a agência de notícias Efe.

Uma jornalista da Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK) foi atirada ao chão e um colega da TVB, canal privado de televisão de Hong Kong, foi alvo de socos, refere a agência espanhola.

Segundo a RTHK, quatro jornalistas -- da RTHK e da TVB -- foram atacados e nenhuma detenção foi realizada até á manhã de domingo.

O protesto foi organizado pela Aliança pela Paz e Democracia, que está contra o movimento pró-democracia iniciado no final de setembro, e que este sábado iniciou uma campanha de recolha de assinaturas para pedir o fim da ocupação das ruas.

A aliança afirma ter recolhido já mais de 300.000 assinaturas e o seu porta-voz, Robert Chow, defendeu que os manifestantes pró-democracia estão a "ignorar o Estado de Direito e a violar a ordem pública".

Por sua vez, os estudantes e movimento 'Occupy Central', convocaram para hoje e segunda-feira uma votação entre os seus apoiantes para os inquirir sobre as propostas de negociação avançadas pelo governo de Hong Kong nas negociações iniciadas esta semana.

O Executivo de Hong Kong propõe em troca do fim dos protestos a criação de um mecanismo de negociações a longo prazo para debater reformas políticas posteriores às eleições de 2017, quando é eleito novo chefe do Executivo.

O movimento pró-democracia exige o sufrágio universal pleno, contra a decisão de Pequim tomada em agosto, que prevê o sufrágio universal nas eleições de 2017, mas só depois de os candidatos à votação serem pré-selecionados por um comité eleitoral.

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