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Guiné-Conacri vai indemnizar famílias de profissionais de saúde mortos

O governo da Guiné-Conacri vai indemnizar, com oito mil euros, cada família de um profissional de saúde que seja infetado, e acabe por morrer, na sequência do combate ao vírus Ébola.

Guiné-Conacri vai indemnizar famílias de profissionais de saúde mortos
Notícias ao Minuto

19:11 - 23/10/14 por Lusa

Mundo Ébola

O anúncio governamental passa à prática uma promessa feita recentemente por Alpha Condé, chefe de Estado do país -- um dos mais afetados pela epidemia.

Segundo o coordenador das operações de combate ao Ébola na Guiné-Conacri, Sakoba Keita, o executivo "vai começar a pagar os dez mil dólares [oito mil euros] prometidos pelo presidente da República aos familiares dos profissionais de saúde mortos em exercício de funções".

O coordenador apelou às famílias abrangidas que se dirijam às autoridades locais para apresentarem os certificados de óbito.

De acordo com o último balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), até ao passado domingo, 9.936 pessoas foram infetadas com o vírus Ébola, 4.877 das quais morreram.

Os 9.936 casos -- confirmados, prováveis ou suspeitos -- foram registados em sete países: Libéria (4.665), Serra Leoa (3.706) e Guiné-Conacri (1.540), os três países mais afetados; Nigéria e Senegal, países previamente afetados mas onde o surto foi entretanto controlado; e Espanha e Estados Unidos, com um e três casos confirmados, respetivamente.

O Ébola tem fustigado o continente africano regularmente desde 1976, mas o atual surto é o mais extenso e prolongado desde que o vírus foi descoberto.

Não há vacina nem cura para o Ébola, que se transmite por contacto direto com sangue, fluidos ou tecidos de pessoas ou animais infetados, provocando febres hemorrágicas que, na maioria dos casos, são fatais.

O contacto direto com outras pessoas ou cadáveres infetados tem sido o grande veículo de transmissão do vírus, para o qual não existe tratamento nem vacina.

Este cenário faz do Ébola um dos mais mortais e contagiosos vírus para os seres humanos, com uma taxa de mortalidade a rondar os 90 por cento.

A OMS decretou, no dia 08 de agosto, o estado de emergência de saúde pública mundial.

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