Denunciados maus tratos a empregadas nos Emirados Árabes Unidos
Os empregados domésticos que emigram para os Emirados Árabes Unidos sofrem maus-tratos físicos, exploração e são submetidos a trabalhos forçados perante a passividade do Governo do país, que não protege adequadamente os seus direitos, denunciou hoje a Human Rights Watch (HRW).
© Reuters
Mundo Human Rights Watch
A organização não-governamental explica num relatório como funciona o sistema de vistos dos Emirados Árabes Unidos, que não permite que os emigram para o país para trabalhar, na sua maioria mulheres provenientes da Ásia ou África, mudem de empregador ainda que sejam maltratadas ou submetidas a condições laborais abusivas.
"O sistema de vistos dos Emirados Árabes Unidos aprisiona o trabalhador doméstico aos seus empregadores e deixa-os isolados e em risco de sofrer abusos, por detrás das portas das casas particulares", afirma no documento a perita em direitos humanos das mulheres no Médio Oriente da HRW, Rothna Begum.
Estima-se que pelo menos 146.000 mulheres de países como as Filipinas, Indonésia, Índia, Bangladesh, Sri Lanka, Nepal ou Etiópia sejam empregadas domésticas nos Emiratos Árabes Unidos.
As 99 empregadas domésticas entrevistadas pela HRW denunciaram, entre outros abusos, não receberem salário, não terem períodos de descanso, estarem confinadas ao domicílio do empregador, terem dias de trabalho de até 21 horas, além de sofrerem de falta de alimentos e abusos psicológicos, físicos e sexuais.
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