Sindicatos convocam greve geral cinco dias após posse do Governo
O recém-formado Governo belga, liderado pelo liberal francófono Charles Michel, vai enfrentar a primeira prova de fogo com a greve geral convocada pelos sindicatos belgas para 15 de dezembro, encerrando jornadas de luta que começam em 24 de novembro.
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Mundo Bélgica
As três principais organizações sindicais do país reagiram com a convocação da greve ao anúncio do programa do Governo de direita, que tomou posse no sábado e junta os partidos liberais francófono (MR) e flamengo (VLD), os democratas-cristãos da Flandres (CDV) e, pela primeira vez, os nacionalistas flamengos do N-VA.
A greve marcada para 15 de dezembro encerra uma série de paralisações rotativas nas principais cidades francófonas: 24 de novembro em Liège, 01 de dezembro em Namur e Hainaut e 08 de dezembro em Bruxelas.
Numa tentativa de apaziguar o clima de contestação, o primeiro-ministro anunciou no Parlamento que irá receber os parceiros sociais na próxima semana.
Charles Michel assumiu o cargo de primeiro-ministro em 11 de outubro, aos 38 anos, prometendo aumentar a idade da reforma para os 67 anos e cortes orçamentais na ordem dos oito mil milhões de euros.
Filho de Louis Michel, antigo ministro belga e ex-comissário europeu, Charles Michel lidera um executivo que tem o mais novo líder de sempre, inclui os separatistas flamengos pela primeira vez e é o primeiro, desde 1988, a deixar os socialistas de fora.
É ainda o primeiro Governo belga desde 1958 a incluir na coligação apenas um partido francófono.
O novo executivo tomou posse cinco meses após as legislativas, num país dividido entre duas comunidades linguísticas (Flandres, de língua flamenga, e Valónia, francófona).
Após as legislativas de 2010, a Bélgica esteve sem governo durante um ano e meio.
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