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Conselho de Segurança da ONU pede "aumento dramático" da ajuda

O Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu hoje um "aumento dramático" da ajuda dos Estados-membros para enfrentar a epidemia de Ébola, considerada a "urgência de saúde mais grave dos últimos anos".

Conselho de Segurança da ONU pede "aumento dramático" da ajuda
Notícias ao Minuto

14:05 - 16/10/14 por Lusa

Mundo Ébola

Muitos países ocidentais, alguns dos quais agora afetados por casos de contágio nos seus territórios, decidiram reforçar as medidas de controlo nas fronteiras.

"A progressão sem precedentes da epidemia de Ébola na África ocidental representa uma ameaça à paz e à segurança internacionais", insistiu na quarta-feira à noite o Conselho de Segurança, que pediu aos países membros da ONU que "acelerem e aumentem dramaticamente a sua ajuda financeira e material" aos países atingidos pelo vírus.

De acordo com o último balanço da Organização Mundial de Saúde, a febre hemorrágica já causou 4.493 mortos em 8.997 casos registados em sete países -- Libéria, Serra Leoa, Guiné-Conacri, Senegal, Espanha e Estados Unidos.

Por outro lado, o novo Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Zeid Ra'ad Al Hussein, anunciou hoje estar a preparar uma série de recomendações para evitar a violação dos direitos humanos durante o período em que pessoas suspeitas de terem contraído Ébola são colocadas sob quarentena.

"O meu gabinete está a desenvolver diretivas sobre quarentenas, porque se são impostas e não são cumpridas medidas de prudência, facilmente podem ser violados direitos humanos e acelerar assim a propagação da doença", afirmou o responsável.

Zeid advertiu que introduzir penas criminais nos planos de resposta sanitária pode ser contraproducente e levar a que a epidemia se converta num fenómeno subterrâneo.

O Alto Comissário definiu o Ébola e o movimento jihadista Estado Islâmico (EI) como "pragas gémeas".

"O Ébola e o EI desenvolveram-se em silêncio e foram ignorados por um mundo que sabia que existiam mas que não soube interpretar o seu terrível potencial, até que explodiram na consciência global durante os últimos meses de 2014", disse.

O representante da ONU destacou também que parte das causas da atual epidemia estão relacionadas com o desrespeito dos direitos humanos pelos cidadãos dos países mais afetados -- Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri.

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