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Tem 15 anos e revela horrores do cativeiro do Estado Islâmico
Um grupo de raparigas que conseguiu escapar do cativeiro do Estado Islâmico contou ao Global Post as atrocidades de que eram vítimas. As jovens eram violadas, torturadas e obrigadas a assistir vídeos de homens a serem decapitados.
© Reuters
Mundo Iraque
Várias jovens da comunidade Yazidi, do norte do Iraque, foram raptadas por membros do Estado Islâmico. Algumas conseguiram fugir, outras continuam em cativeiro e outras houve ainda que foram vendidas ou oferecidas como se de presentes se tratasse.
Uma das raparigas que conseguiu escapar contou ao Global Post as atrocidades de que ela e as outras companheiras de cativeiro foram vítimas.
“Eles diziam-nos que se não nos convertêssemos ao Islão matariam todos os homens das nossas famílias. Então pensávamos: ‘São só palavras. Nos nossos corações vamos continuar a ser Yazidi’. Acabei por dizer que me convertia só para salvar o meu irmão”, contou uma adolescente de 15 anos.
As condições em que eram mantidas em cativeiro eram tão más que, realçou a jovem, o suicídio era mais apelativo do que continuar a viver daquela maneira.
“Uma rapariga enforcou-se. Outra tentou o mesmo, mas foi impedida por guardas do ISIS que lhe bateram tanto que mais ninguém se tentou enforcar”, relatou.
As jovens eram obrigadas a manter relações sexuais com os seus raptores e a alimentação não era a melhor, tendo muitas raparigas adoecido.
Como se tal não fosse suficiente, as jovens eram obrigadas a ver vídeos onde homens eram decapitados.
“Em alguns vídeos eles colocavam as cabeças dentro de tachos. Existiam tantas cabeças… Às vezes perguntavam-nos: ‘conheces este?’ e riam-se”.
Outra rapariga, de 19 anos, contou que foi raptada quando tentava sair da aldeia onde morava na companhia do marido e do filho bebé. Os carros do ISIS apanharam-na, bem como a outras jovens, quando corriam na estrada. Os homens foram obrigados a deitarem-se no chão, enquanto as mulheres eram sequestradas.
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