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Dilma e Marina sem grandes diferenças de política económica

As candidatas presidenciais brasileiras, Dilma Rouseff e Marina Silva, não apresentam grandes diferenças do ponto de vista económico, apesar de aparecerem na campanha eleitoral com visões diferentes, afirmou hoje, em São Paulo, um analista da agência Moody´s.

Dilma e Marina sem grandes diferenças de política económica
Notícias ao Minuto

13:03 - 01/10/14 por Lusa

Mundo Eleições

"Dilma e Marina estão em posições opostas como candidatas. Entretanto, do nosso ponto de vista, como presidentes, elas não são tão diferentes como se pensa", disse aos jornalistas o analista sénior Mauro Leos, à margem da 16.ª conferência anual da agência de análise de riscos.

A presidente Dilma Rousseff (do Partido dos Trabalhadores/PT), que procura a reeleição, e Marina Silva (do Partido Socialista Brasileiro/PSB) lideram as sondagens, com vantagem para a atual Presidente do país.

A primeira volta das eleições presidenciais será a 05 de outubro.

Mauro Leos apresentou quatro cenários possíveis para as candidatas, favoritas para a segunda volta das presidenciais (a 26 de outubro), segundo as pesquisas de intenção de voto.

De acordo com o analista, em caso de vitória de Marina Silva, a ex-ministra do Ambiente num cenário positivo cumpriria entre 80% a 90% das suas promessas e trabalharia junto com o Congresso, uma atitude que seria "boa" para o mercado.

Entretanto, se Marina Silva cumprisse menos de 50% das suas promessas, a sua gestão do Governo da maior economia sul-americana ficaria marcada por "confrontos políticos frequentes".

Diante de uma reeleição de Dilma Rousseff, o analista da Moody´s considerou que, num cenário positivo, o segundo mandato seria "Lula Light" (numa referência ao ex-Presidente Lula da Silva), com políticas económicas estáveis e transparência na sua administração.

O cenário negativo da presidente seria a continuação da mesma política económica atual, em que os juros voltaram a subir, a inflação roçou o limite máximo da meta oficial, causando uma diminuição do crescimento do país.

Leos criticou os gastos públicos do atual governo, qualificando como "o ponto mais frágil", que levou a um crescimento mais lento da economia nos últimos três anos, situação que causou a baixa na confiança do mercado e diminuição dos investimentos privados.

Na apresentação de Leos, a Moody´s definiu o Brasil como um "caso isolado", com perspetiva de nota negativa, ao deixar no dia 09 de setembro o nível "estável", apresentando piores indicadores comparados com ao de outros países emergentes.

No entanto, a nota brasileira manteve-se em "BAA2", a segunda menor classificação dentro de uma escala de graus de investimentos.

Nos últimos quatro anos, o crescimento do produto interno bruto (PIB) brasileiro foi de 3,0% e, apesar de ser próximo ao da região, "está muito mais lento", sublinhou Leos, para quem o país terá um avanço na economia no biênio 2014-2015 em 1,4%, o mesmo nível quando o PT chegou ao poder em 2003.

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