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Chefe do Executivo destaca o que diz ser "melhoria" do sistema

O líder do Governo de Hong Kong, Leung Chung-ying, destacou hoje a "melhoria" do sistema eleitoral aprovado por Pequim para 2017 que garante um "voto por pessoa", apesar da população ter de escolher entre candidatos triados pelo comité eleitoral.

Chefe do Executivo destaca o que diz ser "melhoria" do sistema
Notícias ao Minuto

06:54 - 01/10/14 por Lusa

Mundo Hong Kong

"É entendível que muita gente diferente tenha diferentes opiniões sobre o sistema desejável. Mas é melhor ter sufrágio universal que o não ter. É definitivamente melhor que o líder local seja eleito por cinco milhões de votantes que por 1.200 pessoas", defendeu Leung Chung-ying na cerimónia do hastear da bandeira por ocasião do Dia Nacional da China que hoje se assinala.

O mesmo responsável respondia, assim, aos milhares de manifestantes que continuam a ocupar as ruas do centro da cidade e que, hoje, apesar de em menor número, continuavam em protesto e apuparam o Executivo antes do início da cerimónia, exigindo não só a demissão do líder do Governo como a democracia plena na cidade.

Após a cerimónia do hastear da bandeira, Leung Chung-ying juntou, num brinde, muitas das personalidades de Hong Kong, sempre secundado por protestos dos estudantes que, na cerimónia em si, se mantiveram silenciosos e ordenados.

Entre os manifestantes estava o líder estudantil Joshua Wong, de 17 anos, detido no sábado e libertado no dia seguinte.

À chegada de Leung Chung-ying, um grupo de manifestantes gritava "abaixo 689", numa referência aos 689 votos que este recolheu quando foi eleito em 2012.

No mesmo local, outro grupo, mas de apoiantes do Executivo, gritou algumas palavras de ordem a favor do Chefe do Governo.

A Região Administrativa Especial de Hong Kong tem sido palco de protestos, contra a recusa de Pequim em admitir o sufrágio universal para a eleição do chefe do executivo local, que ganharam uma dimensão inesperada.

No domingo, a polícia antimotim recorreu a gás pimenta e gás lacrimogéneo para dispersar manifestantes após o intensificar dos protestos nas ruas durante o fim de semana, altura em que o movimento 'Occupy Central' se juntou a protestos estudantis, antecipando o início da sua campanha de desobediência civil prevista para arrancar na quarta-feira, dia 01 de outubro, Dia Nacional da República Popular da China.

Os protestos são motivados pela decisão de Pequim que anunciou, em 31 de agosto, que os aspirantes ao cargo de chefe do executivo de Hong Kong vão precisar de reunir o apoio prévio de mais de metade dos membros de um comité de nomeação, controlado pelo governo central chinês, para poderem concorrer à próxima eleição e que apenas dois ou três candidatos serão selecionados.

A população de Hong Kong poderá exercer o seu direito de voto mas só depois daquilo que os democratas designam de 'triagem'.

A China tinha prometido à população de Hong Kong, cujo chefe do Governo é escolhido por um colégio eleitoral composto atualmente por cerca de 1.200 pessoas, que poderia escolher diretamente o seu líder em 2017.

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