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Al-Qaeda pede unidade contra coligação liderada pelos EUA

Dois poderosos ramos da Al-Qaida, no Iémen e no Norte de África, apelaram hoje aos jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e na Síria para que se juntem a eles na luta contra a coligação internacional liderada pelos Estados Unidos.

Al-Qaeda pede unidade contra coligação liderada pelos EUA
Notícias ao Minuto

18:08 - 16/09/14 por Lusa

Mundo Luta

Num comunicado conjunto sem precedente, a Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA) e a Al-Qaida no Magrebe Islâmico (AQMI) pedem "aos irmãos" no Iraque e na Síria: "Deixem de se matar uns aos outros e unam-se contra a campanha americana e a sua perversa coligação que nos ameaça a todos".

Os dois ramos da rede terrorista fundada por Usama bin Laden apelam também às populações dos dez países árabes que se juntaram à coligação para impedirem os respetivos governos de agirem contra o Estado Islâmico.

O texto, divulgado em duas contas de jihadistas no Twitter, promete "dias negros" à "aliança do ateísmo e do mal".

A liderança da Al-Qaeda, tutelada pelo egípcio Ayman Al-Zawahiri, repudiou o Estado Islâmico quando este grupo lhe prestou lealdade e é representada na Síria pela Frente al-Nosra.

Tanto a AQPA, considerada pelos Estados Unidos como o ramo mais perigoso da rede terrorista, como a AQMI recusaram a proclamação de um califado feita pelo Estado Islâmico em junho e declararam a sua lealdade a Al-Zawahiri.

Agora, o texto conjunto pede que as diferenças sejam postas de lado em face da coligação internacional formada para combater posições do Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

"Façam da unidade das nações infiéis contra vós uma razão para se unirem contra elas", afirma, acusando os Estados Unidos de "liderarem uma cruzada contra o Islão e todos os muçulmanos".

"Suspendam os combates entre vós e mantenham-se unidos contra a campanha da América", acrescenta o comunicado.

O texto apela também a todos os grupos que combatem o regime de Bashar al-Assad na Síria para que "não sejam aliados dos Estados Unidos contra os 'mujahidines'".

Na semana passada, Arábia Saudita, Bahrein, Egito, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Iraque, Kuwait, Líbano, Omã e Qatar prometeram participar na coligação formada para combater o Estado Islâmico.

"Apelamos ao nosso povo em todas as nações desta aliança satânica para que faça frente aos seus governos apóstatas e os impeçam -- por todos os meios legítimos - de combater o Islão com a desculpa de combater o terrorismo", lê-se no comunicado.

A AQPA está ligada a uma série de tentativas de ataques contra interesses norte-americanos, incluindo o atentado frustrado contra um voo comercial com destino a Detroit no dia de Natal de 2009.

Este ramo da organização tem sido um dos alvos preferenciais da luta antiterrorista dos Estados Unidos, nomeadamente, desde 2002, de ataques com aviões não-tripulados ('drones') contra os seus dirigentes.

O grupo foi criado em 2009, pela fusão de grupos terroristas sauditas e iemenitas.

A AQMI, cujas bases estão no norte do Mali, tem reivindicado o rapto de ocidentais na região subsaariana do Sahel e atentados na Tunísia.

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