POUPANÇA NO MINUTO
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ONG para a qual David Haines trabalhava apresenta queixa por homicídio
A organização não-governamental (ONG) francesa Acted, para a qual trabalhava o britânico David Haines, decapitado pelo Estado Islâmico, anunciou hoje que vai apresentar na segunda-feira, em Paris, uma queixa-crime por homicídio e rapto.
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Mundo Paris
Em declarações à imprensa, o cofundador da organização humanitária, Frédéric Roussel, disse que é necessário que os culpados "sejam um dia julgados", apesar de admitir que a queixa possa parecer simbólica, dada a situação que se vive no terreno.
Frédéric Roussel adiantou que a Acted se propõe a lutar pelo reconhecimento da decapitação de trabalhadores humanitários ou de jornalistas como "crime contra a Humanidade".
A ONG, cujos vários membros já foram raptados ou assassinados em diferentes cenários de intervenção, manifestou-se hoje, em comunicado, "profundamente abalada e horrorizada" pelo "assassínio odioso" de David Haines, cujo vídeo da decapitação foi divulgado no sábado pelo grupo extremista jihadista.
Apesar de consternada, face um "crime bárbaro que não pode ficar impune", a Acted assegurou que o gesto não a demoverá do seu compromisso com "as populações em sofrimento".
A trabalhar para a Acted desde 1999, David Haines, de 44 anos, foi sequestrado na Síria, em março do ano passado. Fazia a sua primeira missão para a ONG enquanto responsável da logística no campo de refugiados de Atmeh, uma aldeia síria perto da fronteira turca.
"O David era apreciado por todos, nomeadamente pela sua generosidade, pelo seu empenho, pelo seu profissionalismo", elogiou a organização, fundada em 1993 e presente em 35 países.
O vídeo da decapitação do refém britânico, no qual um membro do Estado Islâmico ameaça com uma nova execução, foi divulgado depois das mortes, também por decapitação, dos jornalistas norte-americanos James Foley e Steven Sotloff.
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