Refém britânico terá sido executado
O Estado Islâmico reclamou hoje a decapitação do trabalhador humanitário britânico David Haines, como represália à entrada do Reino Unido na coligação militar com os EUA contra o grupo extremista jihadista.
© LiveLeak
Mundo Estado Islâmico
O Estado Islâmico divulgou um vídeo a mostrar supostamente um militante encapuçado a decapitar o refém britânico, segundo o centro norte-americano de vigilância dos portais islamitas SITE.
A confirmar-se a autenticidade do vídeo, será a terceira execução deste tipo em cerca de um mês, depois de dois jornalistas norte-americanos feitos reféns na Síria terem sido mortos da mesma forma.
O vídeo, de dois minutos e 27 segundos, tem o título "Uma mensagem aos aliados da América" e culpa o primeiro-ministro britânico, David Cameron, por aliar forças britânicas aos Estados Unidos contra o Estado Islâmico no Iraque.
"Entrou voluntariamente na coligação com os Estados Unidos contra o Estado Islâmico, tal como o seu antecessor, Tony Blair, o fez, seguindo a tendência entre os primeiros-ministros britânicos que não conseguem encontrar coragem para dizer 'não' aos norte-americanos", afirma no vídeo o suposto executor de David Haines, dirigindo-se a David Cameron.
O militante do Estado Islâmico, que pode ser o mesmo que aparece nos dois vídeos anteriores, com os jornalistas norte-americanos, disse que a aliança com os EUA vai "acelerar a destruição" do Reino Unido e arrastar os britânicos para "outra guerra sangrenta e invencível", tendo ameaçado matar outro refém britânico.
David Haines, de 44 anos, foi feito refém na Síria em março do ano passado e trabalhava para a organização não-governamental francesa Acted enquanto responsável da logística no campo de refugiados de Atmeh, uma aldeia síria perto da fronteira turca.
O escocês foi ameaçado de morte no início de setembro, num vídeo que mostrava a decapitação do jornalista norte-americano Steven Sotloff. O vídeo em que o Estado Islâmico reclama a morte de um outro jornalista norte-americano, James Foley, foi divulgado a 19 de agosto.
No Twitter, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, já terá comentado o caso: "faremos tudo o que for necessário para capturar estes assassinos e levá-los à justiça, demore o que demorar. As autoridades britânicas estão agora à procura de se certificar da autenticidade do vídeo.
O quarto refém ameaçado pelos jihadistas será Alan Henning, também ele um britânico ligado à ajuda humanitária.
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