Peregrinação à 'Mamã Muxima' mobiliza mais de um milhão de fiéis
Mais de um milhão de fiéis são esperadas no próximo fim de semana na peregrinação anual à "Mamã Muxima", o maior centro mariano da África subsaariana, a 130 quilómetros de Luanda, informaram hoje as autoridades angolanas.
© Lusa
Mundo Angola
Localizada na província do Bengo, a vila de Muxima - que na língua nacional quimbundo significa "coração" - foi ocupada pelos portugueses em 1589 que, dez anos depois, ali construíram uma fortaleza e então igreja de Nossa Senhora da Conceição, também conhecida como "Mamã Muxima".
De acordo com o Bispo de Viana (província de Luanda), Joaquim Ferreira Lopes, a peregrinação anual decorre este ano entre 06 e 07 de setembro, sob o lema "enraizados em Cristo, caminhemos com Maria".
No santuário ali existente "pontifica" uma imagem da virgem Maria e o local, segundo a Igreja Católica angolana, tornou-se de "devoção espiritual que tem passado de geração em geração" e é o "maior espaço de devoção popular em Angola e em toda a África Cristã".
No âmbito da peregrinação, mais de quarenta profissionais de saúde serão mobilizados para o santuário, sobretudo médicos e enfermeiros, através da Direção Provincial da Saúde de Luanda, do Instituto Nacional de Emergência Médica de Angola e do Hospital Municipal da Quissama.
As autoridades angolanas, através do governo provincial de Luanda, estão também a reforçar medidas de segurança e a transmissão de conselhos à população, nomeadamente para "tolerância zero" para com "o álcool e as velocidades".
"Para que possamos ter um ato condigno de ir buscar a bênção e não levar a desgraça para as famílias. Quem vem à 'Mamã Muxima' vem para levar um conforto", disse aos jornalistas o vice-governador provincial para a Área Social, Adriano Mendes de Carvalho, durante uma visita ao santuário para verificação das condições de receção dos peregrinos.
O abate e consumo de animais de caça durante a peregrinação merece desta vez, também, a preocupação das autoridades angolanas, face à ameaça de propagação da epidemia do Ébola na África Ocidental.
"É o problema das carnes de caça, de macaco. É preciso ter cuidado, mas a 'Mamã Muxima' vai continuar a ajudar-nos", referiu o vice-governador da província de Luanda.
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