Os dados foram avançados hoje, em Luanda, na projeção da visita do Presidente José Eduardo dos Santos, esta quinta-feira, às obras do Aproveitamento Hidroelétrico de Laúca, no rio Kwanza. O chefe de Estado presidirá ainda em Laúca a uma reunião descentralizada da Comissão Económica do Conselho de Ministros angolano.
De acordo com o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, a obra, que arrancou em julho de 2012, está avaliada em cerca de 3.000 milhões de euros e o Estado angolano já concretizou cerca de 10% desse investimento.
Os trabalhos decorrem numa zona de fronteira entre as províncias do Cuanza Norte, Cuanza Sul e Malange.
A obra está divida em três fases, a primeira das quais, que envolvia o desvio do curso médio do ria Kwanza, está "concluída a 99%" indicou o ministro.
O curso do rio manter-se-á desviado durante quase três anos, para permitir a segunda fase da empreitada, que envolve a construção da obra no leito, nomeadamente duas centrais de produção, e que está já concretizada a 24%.
A última fase prevê a instalação dos equipamentos eletromecânicos, como turbinas e seis grupos geradores, cada um com uma capacidade de produção de 334 MW.
A barragem propriamente dita, descrita como o maior empreendimento do género no país, terá uma altura de 132 metros, o equivalente a um prédio de 60 andares.
Considerada também uma das maiores hidroelétricas de África, conta com o envolvimento da empresa portuguesa de engenharia COBA, segundo informação divulgada em 2013.