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ONU alerta que ébola pode chegar a mais países

O coordenador das Nações Unidas para o ébola, David Nabarro, alertou hoje que o número de infeções "cresce todos os dias mais depressa" e há que contar com a possibilidade de aparecerem "mais casos em mais países".

ONU alerta que ébola pode chegar a mais países
Notícias ao Minuto

21:46 - 02/09/14 por Lusa

Mundo Vírus

Nabarro reuniu-se hoje com representantes dos Estados-membros da organização e com a diretora geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, e o secretário-geral adjunto da ONU, Jan Eliasson.

Após a deslocação à África Ocidental, foco principal do surto, o coordenador para a febre do ébola da ONU afirmou que "os passos seguintes são muito difíceis de prever" e que é necessária uma "coordenação mundial vital" para controlar a epidemia.

"Não podemos aceitar a ideia de que perdemos a batalha contra o ébola. Temos de reagir de maneira forte, porque a doença está a avançar mais depressa que os nossos esforços", acrescentou, referindo que na última semana o número de infetados na Guiné, Serra Leoa e Libéria superou os 3.500 e que já se registaram mais de 1.500 vítimas mortais.

Para o responsável, "os cuidados básicos de saúde nos países afetados têm de manter-se" e há que garantir material e salários ao pessoal que trabalha no controlo da doença, além de assegurar tratamento em caso de ser infetado pelos pacientes.

Nabarro reiterou a necessidade de as linhas áreas internacionais restabelecerem os seus voos para os países afetados para facilitar o trabalho de socorro.

Para a diretora-geral da OMS, todos os envolvidos nesta epidemia do ébola, que começou em março, "subestimaram a extensão, magnitude e complexidade daquele que é o maior surto na história da doença", cujo vírus foi descoberto em 1976 na República Democrática do Congo.

Margaret Chan deu o exemplo de casos que representam falhanços no controlo da doença: um infetado da Libéria que viajou num avião para a Nigéria, e um infetado guineense que chegou de carro ao território senegalês.

"Tem de ficar claro que uma pessoa que está infetada não pode viajar", declarou.

A organização pede que seja acelerado o processo para descobrir uma vacina: "Há duas ou três vacinas potenciais e é importante que a comunidade científica una as suas forças nesta situação sem precedentes. Temos de acelerar os testes experimentais e utilizá-los de uma forma eticamente aceitável antes que passem a ser produzidos de forma industrial".

Apesar de tudo, a responsável da OMS recusou cair no alarmismo.

"A situação será controlada. Sabemos do que precisamos e sabemos como fazê-lo", assegurou.

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