POUPANÇA NO MINUTO
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Líder da Renamo põe fim a ausência de cinco anos de Maputo
A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), o principal partido da oposição, anunciou hoje que o seu líder vai viajar para Maputo na quinta-feira, colocando um fim a uma ausência de cerca de cinco anos da capital do país.
© Lusa
Mundo Moçambique
Afonso Dhlakama deverá aterrar no Aeroporto Internacional de Maputo na quinta-feira a partir das 12h00, segundo afirmou hoje o seu porta-voz, António Muchanga, durante uma conferência de imprensa, na capital moçambicana.
"Ele [Dhlakama] vai sair da Gorongosa, vai entrar num avião e estará em Maputo. Quem quiser ver o presidente, que esteja no aeroporto a partir das 12:00 horas de quinta-feira", disse aos jornalistas Muchanga, que se escusou a adiantar detalhes sobre a viagem do líder da Renamo, referindo apenas que "estão as criadas as condições de segurança" necessárias, "devido ao envolvimento da comunidade internacional, sobretudo da União Europeia, através do Governo italiano e da embaixada italiana".
A viagem de Afonso Dhlakama a Maputo tem no horizonte um encontro, na sexta-feira, com o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, no qual deverão ser "homologados de forma simbólica" e "a pedido da Frelimo" os acordos recentemente assinados entre as delegações negociais do Governo moçambicano e da Renamo, que puseram fim a cerca de um e meio de hostilidades militares, sobretudo concentradas na região centro do país, e de que resultaram um número até agora indeterminado de mortos e de feridos, incluindo civis.
Até ao momento, desconhecem-se os detalhes sobre o encontro, como o local ou a hora, que a "presidência moçambicana vai anunciar oportunamente", informou Muchanga.
Depois de se ter mudado para a cidade de Nampula, o maior círculo eleitoral do país, no rescaldo das eleições gerais de 2009, que o atual presidente moçambicano venceu com uma margem de cerca de 75% dos votos, Dhlakama fixou residência na antiga base militar do movimento rebelde de Sandjudjira, na província de Sofala, no final de 2011.
Cerca de um ano depois, a 21 de outubro de 2012, uma ofensiva do exército moçambicano contra a base, então reerguida, provocou a fuga de Dhlakama e dos seus seguranças para um local incerto da serra da Gorongosa, de onde vinha estabelecendo contactos com os meios de comunicação social através de teleconferências.
Depois do encontro com o Presidente moçambicano, Dhlakama deverá entrar oficialmente na campanha para as eleições presidenciais moçambicanas, de 15 de outubro, que arrancou no domingo.
Desde as primeiras eleições multipartidárias moçambicanas, em 1994, Afonso Dhlakama foi sempre o candidato presidencial da Renamo, sendo esta a sua quinta corrida ao cargo.
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