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Novas sanções dos EUA contra Teerão reforçam desconfiança
As novas sanções impostas por Washington a Teerão, relativamente ao programa nuclear iraniano, reforçam a desconfiança dos iranianos, declarou hoje o Presidente iraniano, Hassan Rohani.
© Reuters
Mundo Hassan Rohani
"Os iranianos não têm qualquer confiança nos Estados Unidos [...], a ação [as novas sanções] dos norte-americanos reforça esta desconfiança. As novas sanções são contrárias aos compromissos [mútuos] e ao acordo nuclear de Genebra", afirmou Rohani, durante uma conferência de imprensa, transmitida em direto pela televisão estatal.
Na sexta-feira, Washington anunciou a imposição de novas sanções contra mais de 25 entidades e empresas iranianas, além de pessoas acusadas de apoiar o programa nuclear controverso de Teerão e "o terrorismo".
"Algumas sanções, como aquelas contra medicamentos ou produtos alimentares, são crimes contra a humanidade", considerou.
"Vamos combater e contornar" as sanções impostas ao Irão, sublinhou.
Rohani afirmou que, apesar das novas sanções norte-americanas, o Irão irá continuar a participar nas negociações nucleares com o grupo dos 5+1 (os cinco membros permanentes do conselho de segurança da Organização das Nações Unidas - Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China - e a Alemanha).
"Vamos prosseguir as negociações [...] e esperamos chegar a um resultado no prazo previsto, se a outra parte fizer prova de boa vontade", disse.
"Se a outra parte não apresentar propostas excessivas e mostrar sinceridade e seriedade, como a parte iraniana, podemos chegar a acordo", sublinhou o Presidente do Irão, referindo, sem explicar, existirem "três ou quatro questões difíceis" no processo negocial.
As negociações devem recomeçar na próxima semana, com um encontro entre o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Mohammad Javad Zarif, e a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, prosseguindo depois à margem da assembleia-geral da Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque, em setembro.
Sobre esta questão, Rohano declarou não "ter qualquer plano" de encontro com o Presidente norte-americano, Barack Obama, à margem da assembleia-geral.
O Irão e o grupo dos 5+1, que concluíram, em novembro passado, um acordo provisório, prosseguem atualmente as negociações para chegar a um acordo definitivo de resolução da crise do programa nuclear iraniano, que envenena as relações internacionais há mais de dez anos.
Em julho, as partes decidiram prolongar as negociações por um novo período de quatro meses.
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