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Novo Presidente eleito da Turquia toma hoje posse

O novo Presidente eleito da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, toma hoje posse em Ancara para um mandato de cinco anos, na presença de mais de 80 dirigentes de países estrangeiros e de organizações internacionais.

Novo Presidente eleito da Turquia toma hoje posse
Notícias ao Minuto

06:49 - 28/08/14 por Lusa

Mundo Mandato

Portugal far-se-á representar na cerimónia pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas.

Chefe de Governo desde 2003, Erdogan, de 60 anos, venceu a 10 de agosto, por maioria absoluta, as primeiras eleições presidenciais por sufrágio universal direto na Turquia e torna-se hoje o nono chefe de Estado eleito da história da Turquia, sucedendo a Abdullah Gul.

Na noite em que foi eleito, o governante emitiu, no seu discurso de vitória, uma mensagem de unidade, afirmando querer inaugurar "uma nova era" no país e ser "o Presidente dos 77 milhões de turcos", por meio de "um novo processo de reconciliação social", em que todos os turcos, independentemente da origem ou credo, serão cidadãos iguais do país, e "os conflitos do passado" serão deixados para trás.

Na quarta-feira, véspera da investidura como chefe de Estado, Erdogan abandonou a direção do partido islâmico conservador no poder, o Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), pondo, assim, termo a um período de 11 anos à frente do Governo, perante cerca de 40.000 apoiantes reunidos num pavilhão desportivo de Ancara para assistir à nomeação do seu sucessor, Ahmet Davutoglu, um académico que até agora ocupava a pasta dos Negócios Estrangeiros.

Num discurso de mais de duas horas, Erdogan - considerado um autocrata pelos adversários - garantiu que o AKP não é o partido "de um só homem" e que Davutoglu continuará a mesma política, mas não será uma marioneta.

Cofundador do AKP em 2001, Erdogan seria obrigado a deixar as funções de primeiro-ministro em junho de 2015, devido ao regulamento em vigor no AKP, que proíbe aos eleitos o cumprimento de mais de três mandatos.

Ao despedir-se do partido, Erdogan repetiu que conta manter as rédeas do poder, alterando a Constituição de modo a reforçar os poderes do chefe de Estado, até agora essencialmente protocolares.

Este objetivo, denunciado pela oposição como uma nova prova da deriva "autoritária e islamita" de Erdogan, está dependente de uma vitória esmagadora do AKP nas legislativas do próximo ano, já que é necessária uma maioria de dois terços (367 em 550 mandatos) para alterar a lei fundamental e o AKP só tem atualmente 313 deputados.

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