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Próximo primeiro-ministro da Turquia quer nova Constituição

O próximo primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, hoje aprovado por aclamação como novo líder do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), no poder, quer uma nova Constituição que garanta "as liberdades e a democracia".

Próximo primeiro-ministro da Turquia quer nova Constituição
Notícias ao Minuto

17:39 - 27/08/14 por Lusa

Mundo Governo

"Precisamos de uma nova Constituição, uma Constituição pela primeira vez feita pelo povo, uma Constituição das liberdades e da democracia", declarou Davutoglu perante milhares de simpatizantes, num congresso extraordinário do AKP realizado em Ancara.

Embora o AKP tenha maioria absoluta no parlamento, não conta com os dois terços daquela câmara necessários para aprovar uma nova Lei Fundamental, razão pela qual as eleições legislativas de 2015 serão cruciais para o partido.

No apinhado congresso do AKP, o até agora ministro dos Negócios Estrangeiros turco foi proclamado sucessor na liderança daquela formação política islâmica e do Governo do próximo Presidente do país, Recep Tayyip Erdogan, ao obter todos os votos válidos emitidos pelos 1.388 delegados com direito a sufrágio.

Davutoglu já foi nomeado na semana passada pela comissão executiva de AKP como único candidato a dirigente do partido islâmico que dominou a política turca nos últimos 11 anos, liderado por Recep Tayyip Erdogan como primeiro-ministro.

Erdogan, que assumirá na quinta-feira a Presidência da Turquia, já fez saber que assim que for chefe de Estado encarregará Davutoglu de formar Governo.

"Se Deus quiser, vamos dar a Davutoglu o mandato amanhã [na quinta-feira] para formar Governo e o novo executivo será anunciado na sexta-feira", disse o novo Presidente eleito, o primeiro por sufrágio universal, perante os seus apoiantes no pavilhão Ancara Arena.

No seu último discurso como líder do AKP, Erdogan respondeu às críticas da oposição, segundo as quais Davutoglu é uma simples 'marioneta' que aplicará as decisões do novo Presidente.

"O AKP nunca foi um partido de um só homem", sublinhou Erdogan, defendendo a autonomia que Davutoglu terá na condução do executivo.

Ahmet Davutoglu, considerado um dos colaboradores mais leais de Erdogan, indicou, no seu discurso, que tem por objetivo trabalhar por uma Turquia em que todos os grupos étnicos e religiosos vivam em harmonia e liberdade.

Outros dos seus propósitos são pôr fim ao conflito com a guerrilha curda e acabar com o "Estado paralelo", forma como o Governo define os simpatizantes do pregador exilado Fethullah Gülen em cargos de responsabilidade institucional.

Todos os partidos políticos consideram que a atual Constituição turca -- aprovada em 1982 sob a ditadura militar -- deveria ser melhorada, mas têm graves divergências quanto às mudanças necessárias e à forma de levá-las a cabo.

Erdogan deixou claro que aspira a um sistema presidencialista com amplos poderes para o chefe de Estado, o que só se pode conseguir com alterações constitucionais.

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