Secretário-geral da NATO defende envio de tropas para a Ucrânia
O secretário-geral da NATO disse que a organização está a preparar uma resposta urgente para a crise da Ucrânia que pode incluir o envio de tropas para a região, com o objetivo de "dissuadir" a Rússia de continuar a "destabilização".
© Reuters
Mundo Conflito
Em declarações ao jornal britânico Guardian, Anders Fogh Rasmussen, disse que a NATO vai ultrapassar as divisões internas na cimeira de Cardiff, marcada para a próxima semana, para que venham ser adotadas medidas que permitam o envio de forças para a região, sem ter especificado os locais.
"Vamos adotar aquilo que chamamos 'plano de prontidão' com o objetivo capaz de atuar com rapidez no contexto do novo ambiente de segurança na Europa", disse o secretário-geral da NATO.
A medida não incluiu a criação de bases permanentes na região, tal como chegaram a pedir a Polónia e os Estados Bálticos.
Mesmo assim, Rasmussen disse que as forças "temporárias" podem manter posições o "tempo que for necessário".
Alguns membros da Aliança Atlântica defendem que a presença permanente de forças aliadas pode provocar uma rutura direta dos acordos pós-Guerra Fria e provocar uma reação de força por parte de Moscovo.
Rasmussen voltou a acusar a Rússia de estar a provocar uma escalada na crise através das ações militares contra as forças ucranianas.
O secretário-geral da Aliança Atlântica referiu-se ao fogo de artilharia na zona de fronteira e mesmo em território da Ucrânia.
"Temos de encarar o facto de a Rússia não considerar a NATO como um parceiro", acrescentou Rasmussen.
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