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Moscovo decide fazer entrar ajuda sem acordo de Kiev

Vários camiões de ajuda humanitária russa passaram hoje a fronteira ucraniana, no leste do país, pouco depois de Moscovo ter anunciado que não ia esperar mais para enviar ajuda para as zonas em dificuldade, indicou o governo russo.

Moscovo decide fazer entrar ajuda sem acordo de Kiev
Notícias ao Minuto

10:45 - 22/08/14 por Lusa

Mundo Ucrânia

"Todos os pretextos para adiar a entrega de ajuda às zonas em situação de catástrofe humanitária estão esgotados. A Rússia decidiu agir. O nosso comboio, carregado de ajuda humanitária, dirige-se para Lugansk", um dos principais bastiões dos separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, indicou o ministério dos Negócios Estrangeiros russo, em comunicado.

Alguns minutos depois deste anúncio, um fotógrafo da agência noticiosa francesa AFP disse ter visto uma dezena de camiões brancos, dos 300 que integram o comboio, passar a fronteira, e chegar à alfândega ucraniana.

Os camiões estão estacionados há mais de uma semana no lado russo da fronteira, a aguardar "luz verde" para avançarem.

Os primeiros camiões do comboio foram inspecionados na quinta-feira pela guarda de fronteira e agentes alfandegários ucranianos, procedimento indispensável para que o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) possa, em seguida, distribuir a ajuda.

As autoridades ucranianas receiam que o comboio possa ser alvo de ataques de rebeldes pró-russos e usado como pretexto para uma intervenção russa. Kiev advertiu que a passagem da ajuda só será feita quando garantida a sua segurança.

Moscovo considerou que "todas as garantias indispensáveis foram dadas" e que "o itinerário" previsto para o comboio tinha sido verificado pelo CICV.

"Funcionários do CICV estão prontos para acompanhar e participar na distribuição da ajuda. Consideramos que representantes da Cruz Vermelha russa podem também participar", acrescentou o ministério.

A diplomacia russa repetiu que "a responsabilidade sobre possíveis consequências de provocações contra o comboio" pertencia a Kiev.

Um porta-voz do CICV afirmou hoje à agência noticiosa russa Interfax que a organização não tinha ainda recebido "garantias de segurança".

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