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Feira Internacional de Maputo com número recorde de inscrições

A Feira Internacional de Maputo (Facim) recebeu a inscrição de 2700 empresas, mais 700 do que no ano passado, em representação de 26 países, refletindo o "súbito desenvolvimento" de Moçambique, disse à Lusa o presidente da entidade organizadora do evento.

Feira Internacional de Maputo com número recorde de inscrições
Notícias ao Minuto

07:31 - 16/08/14 por Lusa

Mundo Facim

"A apetência pelo país cresceu e a Facim sendo um espelho, um reflexo direto do que é o pulsar da economia nacional, tinha de refletir isso na sua própria organização e na montagem da presente edição", assinalou João Macaringue, presidente do Instituto para a Promoção de Exportações (IPEX).

Em entrevista à Lusa, João Macaringue destacou também que na próxima Facim, a decorrer entre 25 e 30 de agosto, se celebram 50 anos da feira, culminando um "caminho muito longo em que ganhou muitas simpatias" e que, tudo somado, resulta "nesta grande avalancha de procura de um lugar para se expor nesta edição".

"Neste momento estamos com um problema muito sério: espaço. Não temos mais espaço absolutamente nenhum", disse o presidente do IPEX, acrescentando que a instituição teve de fazer investimentos de última hora e comprar tendas, "e mesmo assim lamentavelmente ainda há gente em lista de espera, a pressionar, mas está difícil".

A lista final de participantes na FACIM só será fechada em cima da data de abertura, após a distribuição dos ?stands', prevendo-se que o número total ainda aumente substancialmente.

Apesar de não haver dados finais sobre a presença portuguesa, é esperado que o contingente de Portugal seja inferior ao de 2013.

"Para o presente ano, por causa da conjuntura que se vive em Portugal, houve uma ligeira contração em temos de número de participantes", informou João Macaringue, lembrando porém que muitas empresas portuguesas participam na feira fora do pavilhão de Portugal e do enquadramento dado pela AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal).

Este ano, a área de exposição da Facim está organizada por regiões geográficas, compreendendo o pavilhão da Europa e América, de África e Ásia, e os temáticos de Portugal, Itália e Moçambique, que mostrará centenas de instituições e empresas locais, "traduzindo o pulsar económico de todo o país".

João Macaringue destacou que o elevado aumento da procura na Facim é também consequência do interesse de novos investidores de potências como os Estados Unidos e que sugerem um fenómeno de contágio a outros países.

"O aparecimento da [petrolífera norte-americana] Anadarko e de grandes projetos, com interesses não só americanos como de outras potências, faz com que Moçambique seja tido na esfera internacional como um pais de confiança, de futuro, seguro e que sabe acima de tudo lidar e acarinhar os investidores", exemplificou

Para o presidente do IPEX, a maior vantagem em garantir um lugar na FACIM é "a possibilidade de expor ao mercado nacional e internacional o potencial de uma empresa" e também conhecer novas ligações que podem fazer a diferença na cadeia de abastecimento.

"Há coisas que por vezes importamos sem saber que podem ser adquiridas localmente", apontou.

Paralelamente à Facim, decorre em Maputo, entre 24 e 27 de agosto, o Encontro Empresarial China-Países de Língua Portuguesa, que vai juntar cerca de 500 investidores.

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