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Desigualdades sociais custam 20% do desenvolvimento humano

O primeiro-ministro cabo-verdiano afirmou hoje, na Cidade da Praia, que o "maior desafio" de Cabo Verde tem a ver com as desigualdades, que custam quase 20% ao país em termos do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Desigualdades sociais custam 20% do desenvolvimento humano
Notícias ao Minuto

17:47 - 25/07/14 por Lusa

Mundo Cabo Verde

José Maria Neves, citado pela agência Inforpress, falava aos jornalistas após a cerimónia de abertura do lançamento do relatório do IDH, em que o arquipélago desceu duas posições em comparação ao ano anterior, passando do 121.º para 123.º lugar entre os 187 países incluídos no "ranking".

Desdramatizando a descida, o chefe do executivo cabo-verdiano realçou ser necessário "diferenciar o posicionamento" no grupo dos países e o índice, referindo que Cabo Verde tem tido um crescimento sustentável e consistente em relação ao IDH, já que, em 2000, os dados apontavam para um índice de 0,573 e que, hoje, está em 0,636.

"Em relação aos países de desenvolvimento médio, estamos acima da média, que é 0,614. E em comparação com os países da África subsaariana estamos muito acima da média, que é de 0,502", acrescentou, salientando que este é um "grande ganho" para um país como Cabo Verde, que não dispõe de recursos naturais.

Segundo José Maria Neves, as desigualdades sociais são o "ponto central" das preocupações para os próximos anos, em que o Governo, disse, está a trabalhar "fortemente" para garantir mais acesso ao emprego e mais rendimento às famílias e ainda alargar o sistema de proteção social.

Os dados do IDH sobre Cabo Verde, acrescentou, demonstram que os cabo-verdianos têm feito um "excelente trabalho" e que o país tem tido "ganhos importantes e avanços significativos".

"Cerca de 2/3 da população africana é pobre, e a África subsaariana continua a ser a região mais desigual do mundo, onde 72% da população desta região vive numa situação de pobreza multidimensional", referiu, insistindo na comparação com África.

Apesar de África ter registado um crescimento, José Maria Neves defendeu que os dados "merecem uma atenção especial" das lideranças, autoridades e da própria população, porque o continente continua a ser o "mais pobre e desigual" do mundo.

No seu ponto de vista, o relatório sobre o IDH tem dado um contributo "importante" ao país, pois permite analisar o desenvolvimento, avaliar as políticas públicas e introduzir correções ou reforçar as áreas mais pertinentes.

Este ano, o relatório mencionou temas como o progresso humano, redução das vulnerabilidades e reforço da resiliência, que, para o primeiro-ministro cabo-verdiano, tem sido "fundamental" para a definição da estratégia de desenvolvimento, mas também para a definição de políticas públicas a curto e médio prazo.

Em relação à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Cabo Verde é o terceiro melhor colocado, ultrapassado apenas por Portugal (41.º lugar)) e Brasil (79.º).

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