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Israel classifica Brasil como "anão diplomático" por criticar ofensiva

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel respondeu às críticas do Brasil no conflito com os palestinianos na Faixa de Gaza classificando o país de "anão diplomático", divulgou hoje a imprensa brasileira.

Israel classifica Brasil como "anão diplomático" por criticar ofensiva
Notícias ao Minuto

17:40 - 24/07/14 por Lusa

Mundo Gaza

"Essa é uma demonstração lamentável de porque o Brasil, um gigante económico e cultural, continua a ser um anão diplomático", disse hoje o porta-voz do ministério israelita, Yigal Palmor, de acordo com o jornal O Estado de São Paulo, citando a entrevista do responsável ao jornal The Jerusalem Post.

"O relativismo moral por trás dessa atitude faz do Brasil um parceiro diplomático irrelevante, que cria problema ao invés de contribuir para solucioná-los", sublinhou Palmor.

Na quarta-feira, num comunicado de imprensa, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil afirmou que o Governo brasileiro considerava "inaceitável a escalada da violência entre Israel e Palestina".

"Condenamos energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza, do qual resultou elevado número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças", lê-se no comunicado.

"O Governo brasileiro reitera o apelo a um imediato cessar-fogo entre as partes", acrescentava-se na nota, salientando-se que "diante da gravidade da situação", Brasília votou favoravelmente a resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre o tema, adotada quarta-feira.

O Brasil foi um dos 29 países que votou na quarta-feira pela investigação das ações de Israel em Gaza.

"Além disso, o embaixador do Brasil em Telavive foi chamado a Brasília para consultas", sublinhou a nota do Ministério brasileiro.

Noutra nota, a Confederação Israelita do Brasil (CIB) disse que o comunicado do Ministério das Relações Exteriores do Brasil evidenciava "a abordagem unilateral do conflito na Faixa de Gaza, ao criticar Israel e ignorar as ações do grupo terrorista Hamas".

"Assim como o Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores), esperamos um cessar-fogo imediato. No entanto, a lamentável nota divulgada pela chancelaria exime o grupo terrorista Hamas de responsabilidade no cenário atual", referiu a confederação.

"Não há uma palavra sequer sobre os milhares de foguetes lançados contra solo israelense ou as seguidas negativas do Hamas em aceitar um cessar-fogo", afirmou ainda a nota da CIB.

Israelitas e palestinos acusaram-se, na quarta-feira, de crimes de guerra durante uma reunião extraordinária do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, com ambas as partes a alegarem ter agido dentro das leis internacionais durante a escalada de violência.

Desde o início da ofensiva militar israelita contra o Hamas, que começou no dia 08 de julho, mais de 750 palestinianos já morreram, com as baixas de Israel a serem contabilizadas em 35 pessoas.

Os feridos, a maioria civis palestinianos, são já mais de 4.600.

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