Número de mortos no duplo atentado na Nigéria sobe para 85
O número de mortos no duplo atentado à bomba de quarta-feira em Kaduna, no noroeste da Nigéria, subiu para 85, segundo um novo balanço de fontes hospitalares citadas pela agência EFE.
© Reuters
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Perto das 12:45 locais (11:45 em Lisboa) um carro bomba explodiu perto da escolta que acompanhava o ex-presidente nigeriano e principal líder da oposição, Muhammadu Buhari, acompanhado pelo clérigo islâmico Dahiru Bauchi, conhecido pela sua oposição ao grupo extremista islâmico Boko Haram, que tem aterrorizado o norte do país.
Ambos saíram ilesos do atentado, o que, segundo Buhari, era o objetivo dos terroristas.
"(O veiculo) investiu contra a minha viatura e destruiu imediatamente os três carros da nossa escolta", relatou Buhari num comunicado emitido na quarta-feira.
A segunda explosão deu-se duas horas mais tarde a poucos quilómetros de onde ocorreu a primeira, numa zona popular da cidade conhecida por "Kawo Motor Park", onde existe uma estação de transportes públicos.
Fontes hospitalares para onde foram levados os corpos das vítimas das explosões afirmaram à EFE que um total de 85 pessoas perderam a vida no duplo atentado.
A polícia e a agência nacional de gestão de acidentes contabilizaram pelo menos 42 mortos na quarta-feira, mas informaram que este número poderia aumentar devido ao estado grave em que se encontravam alguns dos feridos.
O caos causado pelo duplo atentado levou as autoridades a decretar um recolher obrigatório de 24 horas de modo a que as forças de segurança possam restabelecer a ordem.
Ainda nenhum grupo reivindicou o ataque, mas existem fortes suspeitas que os responsáveis tenham sido membros do Boko Haram, que intensificou os seus ataques no norte do país e mantêm sequestradas mais de 200 raparigas há mais de três meses.
O Boko Haram, que em línguas locais significa "a educação não islâmica é pecado", luta pelo estabelecimento de um estado islâmico na Nigéria, um país maioritariamente muçulmano no norte, e predominantemente cristão no sul.
Durante este ano, o grupo islâmico já matou perto de 3.000 pessoas, e mais de 12.000 desde 2009, segundo cálculos do Governo nigeriano.
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