"Esta conferência fica na história da CPLP por ser a conferência do alargamento. A Guiné Equatorial expressou de forma reiterada e consistente a vontade de aderir à CPLP e aceitar as regras e valores que tornam a nossa comunidade uma referência", afirmou o chefe de Estado de Timor-Leste, que assumiu hoje a presidência da organização.
Taur Matan Ruak falava em conferência de imprensa realizada após a sessão de encerramento da cimeira de chefes de Estado e de Governo, que decorreu durante todo o dia no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Díli.
O Presidente timorense afirmou também que a "adesão decidida em Díli manifesta determinação e disponibilidade da CPLP para apoiar a Guiné Equatorial nos esforços para partilhar" os valores da organização e se integrar na comunidade.
Questionado pelos jornalistas sobre o desrespeito pelos direitos humanos, como acusam organizações internacionais, e a pena de morte na Guiné Equatorial, o Presidente disse que Timor-Leste disponibilizou-se para trabalhar com aquele país para "encontrar formas para pôr em ação o espírito da comunidade".
"Houve uma maratona e o facto de terem entrado significa que eles preencheram [os requisitos]. Agora vai haver um trabalho longo e os chefes de Estado e de Governo comprometeram-se a trabalhar com a Guiné Equatorial de modo a cumprir os requisitos impostos pela nossa organização", disse Taur Matan Ruak.
Timor-Leste assumiu hoje a presidência da CPLP, numa cimeira de chefes de Estado e de Governo que ficou marcada entrada da Guiné Equatorial como membro de pleno direito e pelo regresso da Guiné-Bissau à organização, depois de ter sido suspensa em 2012 por causa de um golpe de Estado.