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Guiné Equatorial sofre de "orfandade cultural"

O Presidente Teodoro Obiang afirmou hoje que a Guiné Equatorial "sofre claramente de orfandade cultural", por ser o único país hispânico de África, e sublinhou a sua proximidade a Portugal, "por razões históricas e linguísticas".

Guiné Equatorial sofre de "orfandade cultural"
Notícias ao Minuto

15:06 - 23/07/14 por Lusa

Mundo Obiang

"Sendo a Guiné Equatorial o único país de fala hispânica na África, sofre claramente de uma orfandade cultural, que é uma realidade do colonialismo", declarou o chefe de Estado equato-guineense, numa intervenção numa sessão fechada da X conferência de chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu hoje em Díli.

O Presidente, que leu uma declaração escrita em português, reconheceu que no seu país não se fala português "com fluidez" e afirmou que o objetivo não é substituir o espanhol, a língua mais falada na Guiné Equatorial.

"Cremos que nosso país deve integrar-se na comunidade de países de fala portuguesa na África, uma vez que estes constituem um grande espaço geopolítico com o qual devemos nos unir"[sic], disse Obiang, que tem aprendido português com um professor brasileiro.

O chefe de Estado equato-guineense salientou que "por razões históricas e linguísticas", o seu país "está muito próximo de Portugal, país exportador da língua que une os Estados desta comunidade".

"Ainda hoje há muitas reminiscências culturais e económicas da presença portuguesa na Guiné Equatorial: dialetos, frases, costumes e usos, além de nomes de raiz portuguesa em edificações", referiu.

Teodoro Obiang recordou também as ligações históricas com Lisboa, descrevendo que o país esteve sob soberania portuguesa durante 300 anos, desde o descobrimento da ilha de Fernão Pó, em 1472, até à transferência dos territórios para Espanha, de acordo com tratados assinados em 1778 e 1779. A ilha de Fernão Pó é a atual Bioko, onde se encontra a capital do país, Malabo.

O Presidente apontou ainda a proximidade da Guiné Equatorial e São Tomé e Príncipe, países entre os quais se registou "um forte movimento migratório de populações".

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