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Renamo terá raptado 19 pessoas durante perseguição do Exército

Homens armados, alegadamente da Renamo, raptaram 19 jovens e adultos, durante uma perseguição, no fim de semana passado, do Exército moçambicano, em Mavende, interior de Machaze, província de Manica, disseram hoje à Lusa autoridades locais e habitantes.

Renamo terá raptado 19 pessoas durante perseguição do Exército
Notícias ao Minuto

22:25 - 22/07/14 por Lusa

Mundo Moçambique

O rapto, segundo as fontes consultadas pela agência Lusa, ocorreu na madrugada de sábado para domingo, quando o Exército moçambicano tentou desativar uma antiga base da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição em Moçambique, tendo as vítimas sido usadas como escudo para a travessia do Rio Save, no sentido da província de Gaza (sul).

"Algumas pessoas foram apanhadas em casa e outras na rua, pois as casas ficam distantes umas das outras e não houve disparos", descreveu à Lusa Lucas Maionete, um habitante da região, assegurando que muitos dos raptados atravessaram o rio Save em direção a Gaza.

Uma unidade conjunta da Força de Intervenção Rápida (FIR, antimotim) e do Exército tentou, sem sucesso, desativar no sábado uma base da Renamo em Mavende, mas recuou devido ao número de homens do braço militar do partido de oposição.

"Aproximámo-nos da base, mas a Renamo tinha muitos homens e qualquer ação nossa precisaria de reforço. Desdobrámo-nos e foi então que os homens da Renamo saíram, raptando pessoas e seguiram em direção ao rio Save", disse à Lusa, por telefone, um agente policial.

Gabriel Machate, administrador do distrito de Machaze, confirmou à Lusa o rapto e adiantou que duas das 19 pessoas escaparam entretanto do cativeiro.

"Confirmamos o rapto, mas duas pessoas que oficialmente foram dadas como raptadas conseguiram escapulir-se dos raptores e voltaram a casa na segunda-feira", declarou Gabriel Machate.

Mavende, a sul de Machaze, está situada numa zona fiel à Renamo, com um histórico de resultados eleitorais favoráveis ao partido e ao seu líder, Afonso Dhlakama.

Estes incidentes aconteceram após Governo e Renamo terem anunciado, na sexta-feira passada em Maputo, avanços significativos nas negociações em curso sobre a composição das forças de defesa e segurança e desarmamento do partido de oposição.

Hoje, as partes voltaram a reunir-se e disseram que 95% da negociação está fechada, sem adiantar pormenores.

Moçambique tem eleições gerais (presidenciais, legislativas e assembleias provinciais) previstas para 15 de outubro.

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