Eurodeputado de extrema-direita condenado por defender nazismo
Udo Voigt, o primeiro alemão de um partido de extrema-direita anti-emigração a conseguir ser eleito para o Parlamento Europeu, enfrentou processos judiciais por comentários a favor do nazismo.
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Mundo Alemanha
Filho de um membro das SA, forças paramilitares do Partido Nacional Socialista, Voigt, de 62 anos foi o candidato do Partido Nacional Democrata da Alemanha (NPD) que conseguiu um por cento dos votos nas eleições de domingo para o Parlamento Europeu.
Há três anos, foi considerado culpado pela justiça alemã por ter apoiado o nazismo ao afirmar que Hitler foi "um grande homem", e por ter posto em causa o número de mortos do Holocausto, tendo exigido também a devolução de territórios perdidos pela Alemanha após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Em 1998, Voigt tinha sido condenado a quatro meses de pena suspensa por incitamento à violência ao apelar à "luta armada", durante um comício.
Nas eleições de 2011, Voigt envolveu o NPD em polémicas ao aparecer fotografado em cartazes de campanha, sentado numa mota, envergando um blusão de couro negro e com a inscrição "Dar Gás", numa referência ao que muitos viram como um insulto aos judeus vítimas das câmaras de gás dos campos de extermínio nazis durante a guerra.
Na altura, os cartazes foram afixados por toda a cidade de Berlim, incluindo junto ao Museu judaico da capital alemã.
Voigt, casado, formado em engenharia aeronáutica e ciência política, foi entre 1996 e 2011 líder do NPD , um partido criado por antigos elementos do Partido Nacional Socialista em 1964.
O porta-voz da chanceler Merkel, Steffen Seibert, já apelidou o NPD de partido antidemocrático, xenófobo, antissemita e anticonstitucional.
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