Em comunicado, os ministros do Desenvolvimento da UE anunciaram que decidiram retomar a ajuda a Madagáscar face às eleições gerais e presidenciais realizadas em 2013, que foram consideradas uma "fase importante para retomar a ordem constitucional e um ponto de partida para a consolidação da democracia, do estado de direito, da boa governação e da estabilização política".
Os ministros relembraram também que observadores europeus que monitorizaram as eleições consideraram-nas "credíveis". "Celebro esta decisão, que abre a porta a uma nova era de cooperação com Madagáscar", disse a chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton.
O comissário europeu do Desenvolvimento, Andris Piebalgs, afirmou que a decisão de hoje mostra a determinação da UE em apoiar Madagáscar para que alcance prosperidade e estabilidade, acrescentando que irá visitar o país no próximo mês de junho.
O apoio a Madagáscar será feito no âmbito do 11.º Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED), que vigora no período 2014-2020.
A UE suspendeu formalmente a cooperação com Madagáscar em junho de 2010 devido ao que considerou uma transferência inconstitucional de poder, quando Andry Rajoelina, o então presidente da câmara de Antananarivo, a capital do país, foi nomeado Presidente após um golpe de Estado, em março de 2009, e que a UE considerou uma "flagrante violação da democracia e do estado de direito".
Apesar dessa suspensão, a UE manteve a ajuda humanitária e o apoio direto à população. Também o Banco Mundial prometeu hoje uma ajuda de 400 milhões de dólares (291 milhões de euros) para os próximos três anos.
O atual Presidente, Hery Rajaonarimampianina, conseguiu "manter um quadro macroeconómico sólido face às condições difíceis do país", afirmou Makhtar Diop, vice-presidente do Banco Mundial para a região de África. O Fundo Monetário Internacional (FMI) também decidiu desbloquear uma ajuda no valor de 47,4 milhões de dólares (34,5 milhões de euros).