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UE deve rever todos os acordos que tem com a Rússia

O Parlamento Europeu defendeu hoje que a União Europeia deve rever todos os acordos com a Rússia, adotar sanções económicas e um embargo de armas ao país, além de medidas especifícas contra empresas russas de energia e subsididárias.

UE deve rever todos os acordos que tem com a Rússia
Notícias ao Minuto

13:31 - 17/04/14 por Lusa

Mundo Parlamento Europeu

"A crescente desestabilização causada por separatistas pró-russos armados, treinados e bem coordenados, liderados por forças especiais russas, pode ser usada como falso pretexto pela Rússia para intervir militarmente, impedir as eleições presidenciais e forçar a federalização como percursor de divisão da Ucrânia", advertem os eurodeputados, numa resolução aprovada hoje em Estrasburgo com 437 votos a favor, 49 contra e 85 abstenções.

No documento, o Parlamento pede à Rússia que "retire de imediato a sua presença em apoio às forças separatistas violentas e às milícias armadas que ocuparam edifícios governamentais em Slovyansk, Donetsk e outras cidades ucranianas, que ponha termo a todas as ações provocatórias que contribuam para fomentar os distúrbios e desestabilizar ainda mais a situação".

Os eurodeputados afirmam que "as autoridades ucranianas têm o pleno direito de usar todas as medidas necessárias, incluindo o direito à autodefesa, tal como definido no artigo 51.º da Carta das Nações Unidas", advertindo a Rússia "contra a utilização do legítimo direito da Ucrânia de defender a sua integridade territorial como pretexto para encetar uma invasão militar em larga escala".

O Parlamento Europeu lembra ainda que "não existem relatos recentes de nenhum ataque, intimidação ou qualquer tipo de discriminação contra cidadãos russos, de etnia russa, ou de outras minorias na Ucrânia".

Relativamente à reunião quadripartida entre a União Europeia, os Estados Unidos, a Rússia e a Ucrânia, que se realiza em Genebra, os eurodeputados esperam que "possa contribuir para reduzir as tensões e lançar as bases de uma solução diplomática abrangente e duradoura para a crise". Salienta, contudo, que as escolhas futuras da Ucrânia apenas podem ser efetuadas pelo próprio povo ucraniano, através de um processo democrático, inclusivo e transparente.

Também a missão especial de observação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) à Ucrânia, encarregada de reunir informações sobre atividades militares atípicas e ações provocatórias e de monitorizar os direitos humanos, deve ser ampliada, defendem os parlamentares, e decidido o envio de "uma missão de observação eleitoral reforçada do Gabinete das Instituições Democráticas e dos Direitos Humanos da OSCE, bem como do Parlamento Europeu e da UE".

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