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Prisão perpétua para neo-nazis por homicídio de paquistanês

Um tribunal de Atenas condenou hoje a prisão perpétua dois presumíveis militantes do partido neonazi Aurora Dourada pelo assassínio de um jovem paquistanês numa rua da capital grega, em janeiro de 2013.

Prisão perpétua para neo-nazis por homicídio de paquistanês
Notícias ao Minuto

18:05 - 15/04/14 por Lusa

Mundo Atenas

O tribunal criminal de Atenas que julgou as circunstâncias em que ocorreu o assassínio de Shehzad Luqman, de 27 anos, esfaqueado até à morte, rejeitou, contudo, o argumento do ministério público, segundo o qual se tratara de um crime motivado por racismo.

"Trata-se de um crime puramente racista (...) que não corresponde em nada à história e à cultura da Grécia", acusou o delegado do ministério público.

Dionyssis Liakopoulos e Christos Steriopoulos, de 25 e 29 anos, presumíveis membros da Aurora Dourada que negaram ao longo de todo o julgamento pertencer a essa formação, foram acusados de ter agredido o jovem que circulava de bicicleta no bairro ateniense de Petralona, abaixo da Acrópole, ao amanhecer.

Os pais da vítima viajaram do Paquistão para assistir ao julgamento iniciado em dezembro de 2013, um dos primeiros casos criminais imputados ao partido Aurora Dourada a ser julgado.

Com um discurso abertamente xenófobo e antissemita, o Aurora Dourada surgiu nos anos 1980 e atuou durante muito tempo como um grupúsculo semiclandestino antes de fazer a sua entrada no parlamento pela primeira vez em junho de 2012, em plena crise grega.

Depois de ter beneficiado de vários anos de impunidade, aquela formação de extrema-direita que obteve oito por cento das intenções de voto nas sondagens, está no centro de uma vasta investigação judicial sobre as numerosas agressões, principalmente a estrangeiros, e pelo menos um assassínio de que os seus membros são suspeitos.

Dos 18 deputados eleitos, nove foram formalmente acusados no âmbito desta investigação por pertença ou direção de "organização criminosa", e seis foram colocados sob prisão preventiva.

Posteriormente, um dos formalmente acusados deixados em liberdade abandonou voluntariamente o partido, e um dos encarcerados foi dele expulso.

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