UE deve encarar investimento chinês em África como um "estímulo"
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse hoje que a União Europeia (UE) deve encarar como um "estímulo" os investimentos que a China está a realizar em África, reconhecendo que a Europa dos 28 perdeu influência neste continente.
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Mundo Merkel
A chefe do Governo alemão falava após um encontro em Berlim com o Presidente do Senegal, Macky Sall, que serviu para avaliar a situação das relações bilaterais a nível político e comercial.
"No geral, temos de nos envolver mais em África. [Os investimentos chineses no continente] são um estímulo para que a Europa faça mais", afirmou a chanceler, numa conferência de imprensa.
As declarações de Merkel sobre o continente africano ganham relevância devido à realização esta semana em Bruxelas da cimeira UE-África. A reunião, agendada para quarta e quinta-feira, irá discutir a intensificação das relações comerciais.
Merkel sublinhou que a Europa observa com atenção "a forma como a China está a trabalhar em África" e que não critica as estratégias seguidas por Pequim.
As fórmulas tradicionais que os europeus têm usado para investir nos países africanos já não servem, segundo a chanceler alemã, que reconheceu que "as políticas de ajuda ao desenvolvimento não são suficientes", especialmente em grandes projetos de infraestruturas.
Como tal, Merkel defendeu que a Europa deve encontrar combinações "inteligentes" de "garantias e investimentos" que facilitem a cooperação bilateral.
Por sua vez, o Presidente senegalês assegurou que "a única razão" pela qual os países africanos têm optado nos últimos anos por investimentos chineses deve-se às condições dos créditos, firmados com períodos de amortização muito longos.
"Não temos qualquer preferência, estamos abertos a todos os países", concluiu Macky Sall.
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