Meteorologia

  • 19 MAIO 2024
Tempo
19º
MIN 12º MÁX 21º

Primeiro hospital para mulheres vítimas de excisão abre em março

O primeiro hospital do mundo destinado a vítimas de mutilação genital feminina (MGF) abre no dia 07 de março em Bobo-Dioulasso, no Burkina Faso, informou a organização sediada nos Estados Unidos Clitoraid, responsável pela infraestrutura.

Primeiro hospital para mulheres vítimas de excisão abre em março
Notícias ao Minuto

16:05 - 17/02/14 por Lusa

Mundo Burkina Faso

Num comunicado divulgado na sua página na Internet, a Clitoraid indica que a primeira dama do Burkina Faso, Chantal Compaore, vai presidir à cerimónia de inauguração do hospital.

"Ela (Chantal Compaore) tem sido uma voz firme contra os horrores da MGF e sentimo-nos honrados com a sua presença", disse a diretora de comunicação da Clitoraid, Nadine Gary, citada no comunicado.

Doações e o esforço de voluntários em todo o mundo permitiram a construção do hospital, onde as vítimas de excisão serão tratadas gratuitamente.

"O objetivo é ajudar o maior número de vítimas possível a realizar esta cirurgia, o que também ajudará a desencorajar a prática bárbara da MGF", disse Gary, adiantando que a organização não-governamental possui uma lista de espera com centenas de nomes de candidatas.

O hospital chamado "the Kamkaso", que significa "a casa para as mulheres", foi alcunhado de "hospital do prazer". A cirurgia "irá restaurar a sua dignidade como mulheres, bem como a sua capacidade de experimentar prazer físico, que lhes foi tirada contra a sua vontade", disse ainda a responsável da Clitoraid.

Segundo Nadine Gary, dois cirurgiões voluntários norte-americanos irão realizar as operações no novo hospital e treinar outros cirurgiões para o poderem fazer.

O último relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), divulgado em julho, estima em 125 milhões o número de mulheres vítimas de mutilação genital feminina e calcula que 30 milhões de meninas estão sujeitas a serem submetidas à prática na próxima década.

No relatório, que tem por base pesquisas efetuadas ao longo de 20 anos em 29 países de África e do Médio Oriente, a UNICEF lamenta que a MGF se mantenha "extraordinariamente perseverante, apesar de quase um século de tentativas para a eliminar".

Recomendados para si

;
Campo obrigatório