Pequim amanheceu coberta de poluição

A capital chinesa acordou hoje envolta numa espessa nuvem de poluição, com os indicadores da qualidade do ar a atingirem níveis mais de 20 vezes superiores aos máximos recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

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Lusa
16/01/2014 09:31 ‧ 16/01/2014 por Lusa

Mundo

China

A visibilidade ficou reduzida a poucas centenas de metros, o céu tingiu-se de cinzento e nas paragens de autocarro viam-se muitas pessoas com máscaras a tapar a boca e o nariz.

Em algumas zonas de Pequim, a densidade de partículas PM2.5, as mais finas e suscetíveis de penetrar nos pulmões, ultrapassou as 500 microgramas por metro cúbico, muito acima do máximo de 25 recomendado pela OMS.

"A qualidade do ar atingiu o nível 'mais poluído'", assinalou o jornal China Daily.

Nas redes sociais, os comentários foram mais contundentes.

"A poluição em Pequim é tão terrível que não me consigo a ver a mim próprio", escreveu um internauta.

Às 04:00, no nordeste da cidade, a densidade das partículas PM2.5 chegou aos 671, ressuscitando o "arpocalipse" de há um ano.

Aquela palavra apareceu em janeiro de 2013, quando aquele indicador ultrapassou os 900 e durante um mês houve apenas cinco dias com sol, o que não acontecia em mais de meio século.

O Governo chinês já assumiu o combate à poluição como "uma tarefa prioritária", especialmente na capital, onde até 2017 se propõe-se reduzir a concentração das partículas PM2.5 em cerca de 25 por cento.

Hoje, o presidente da Câmara de Pequim, Wang Anshun, prometeu reduzir este ano 2,6 milhões de toneladas no consumo de carvão e transformar 300 empresas poluentes.

Segundo anunciou o autarca, dentro da 5.ª circular, onde vive a maioria dos cerca de 20 milhões de habitantes do município, as centrais a carvão serão encerradas e substituídas por "quatro grandes centrais a gás".

Além dos pesados efeitos na saúde pública, a poluição está a prejudicar o turismo.

Nos primeiros onze meses deste ano, o número de turistas estrangeiros que visitaram Pequim caiu 10% em relação a igual período de 2012, e uma das causas reconhecidas pelas autoridades foi, precisamente, a poluição.

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