Regime denuncia massacre de mais de 100 civis
O regime sírio denunciou hoje que mais de 100 civis foram mortos pelas mãos de "terroristas", expressão que as autoridades utilizam para denominar os opositores, na cidade de Adra, a norte de Damasco, informou a agência Efe.
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Mundo Síria
Segundo a agência noticiosa, o Ministério das Relações Exteriores da Síria já condenou o ataque em duas cartas enviadas à ONU, publicadas pela agência oficial Sana, nas quais acusa a frente Al-Nursra, vinculada à Al-Qaida, bem como a Frente Islâmica e a Brigada do Islã de serem autores da ação.
O governo de Damasco havia já anunciado que tinha ocorrido um massacre em Adra, mas até agora não tinha divulgado o número de vítimas.
Na semana passada, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) anunciou que no dia 11 foram executados 32 cidadãos drusos e alauitas, seita a qual pertence o presidente Bashar al Assad, por parte de combatentes islamitas.
Nas cartas, o Ministério das Relações Exteriores sírio referiu que "terroristas" dispararam contra alguns funcionários públicos que ali viviam, mutilaram-nos e queimaram as suas casas.
De acordo com as autoridades, as outras vítimas foram fechadas numa padaria da cidade, que em seguida foi explodida.
O ministério sírio acrescentou também que os agressores sequestraram um número indeterminado de civis.
A Efe refere ainda que o governo de Damasco queixou-se também das campanhas de incitação contra a Síria em meios de comunicação financiados pela Arábia Saudita e o Qatar, de onde seriam divulgados textos islâmicos de tendência jihadista que promovem a discórdia e o assassinato.
Assim, o ministério sírio exigiu ao Conselho de Segurança da ONU que assuma a sua responsabilidade na hora de aplicar as resoluções que proíbem o terrorismo.
Na quinta-feira, as forças armadas anunciaram o lançamento de operações especiais em Adra, a cerca de 40 quilómetros a norte de Damasco, após o massacre do dia anterior, sem divulgar o número de vítimas.
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