Pressionado, Bolsonaro autoriza uso de militares no combate a chamas
Há mais de duas semanas que a floresta da Amazónia está a ser fustigada por chamas.
© Reuters
Mundo Amazónia
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, autorizou esta sexta-feira o uso de elementos das forças armadas no combate às chamas que devastam a Amazónia.
A decisão de que a imprensa brasileira dá conta já foi publicada num decreto que estipula um prazo de um mês (até 24 de setembro) para esta ajuda extra de militares no terreno.
A decisão foi tomada numa altura em que aumentou a pressão na comunidade internacional.
Nos últimos dias acumularam-se declarações da ONU, por parte de António Guterres, de chefes de Estado europeus, nomeadamente de Emmanuel Macron, e da própria Casa Branca, que manifestou preocupação com a situação.
Numa primeira fase, e sem provas, Bolsonaro culpou organizações não governamentais há anos a operar na Amazónia de terem provocado queimadas. Mas, a nível interno e na imprensa internacional, foi a própria postura e atuação de Bolsonaro em relação à dramática situação que se vive na Amazónia que começaram a ser colocadas em causa.
O decreto hoje publicado estipula que o trabalho das forças armadas vai decorrer em "articulação" com os órgãos de segurança pública e os órgãos e entidades públicas de proteção ambiental. O uso dos militares vai depender também de requerimento por parte dos governadores da região.
Para lá da troca de argumentos em que se viu envolvido, nomeadamente com acusações de sensacionalismo - devido ao uso de uma fotografia que não era dos incêndios que estão a decorrer - e de colonialismo contra Macron, Bolsonaro já admitira igualmente a possibilidade de enviar reforço militar para o terreno. Com este decreto, a ideia torna-se oficial e abre caminho ao reforço de meios no combate às chamas.
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