Argentina não cede a "nenhuma ameaça" do FMI
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, reagiu na terça-feira a um alerta do Fundo Monetário Internacional (FMI) relativamente ao método para medir a inflação, afirmando, na Assembleia-Geral da ONU, que o país não vai ceder a "nenhuma ameaça".
© LUSA
Mundo Kirschner
A directora-geral do FMI, Christine Lagarde, disse na segunda-feira que o Fundo vai passar "um cartão vermelho" à Argentina, se o país não resolver os problemas de estatística, que lhe valeram já um procedimento de sanção no âmbito da instituição internacional.
"O meu país não é uma equipa de futebol, é uma nação soberana que toma as suas decisões de forma soberana e que não se deixará submeter a nenhuma pressão nem a nenhuma ameaça", afirmou Kirchner no discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas.
"Isto não é um jogo de futebol, é a crise económica e política mais grave desde os anos 1930", acrescentou a presidente argentina dirigindo-se a Lagarde.
Ultrapassados os dois adiamentos de seis meses, o FMI deu na terça-feira um último período de três meses suplementares para que a Argentina rectifique a forma como mede a inflação, que se suspeita ser minorada.
Caso não cumpra a exigência, Buenos Aires arrisca-se a enfrentar um processo de sansão, que, no limite, pode levar à exclusão da Argentina do Fundo.
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