"Eu disse ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Elías Jaua, que proceda de imediato a expulsá-los do país, têm 48 horas para se irem (embora) do país. Fora da Venezuela, 'yankees go home'", disse.
O anúncio de Nicolás Maduro teve lugar durante um ato de comemoração do bicentenário da Batalha de Bárbula, na cidade de Santa Ana, no Estado venezuelano de Falcón, 500 quilómetros a oeste de Caracas.
"Não me importa as ações que tome o Governo de Barack Obama, não vamos permitir que venha um governo imperial trazer dinheiro e ver como param as empresas básicas, ver como tiram a eletricidade para apagar toda a Venezuela", disse.
Nicolás Maduro questionou "que aconteceria se um grupo de funcionários da Embaixada venezuelana [nos EUA] levasse dinheiro e começasse a pagar sabotagem ao sistema económico 'gringo' [norte-americano]".
"Senhores 'gringos' imperialistas, vocês têm aqui à frente homens e mulheres de dignidade que nunca se tem ajoelharam, nunca nos ajoelharemos perante os vossos interesses e não temos medo de vocês, dos confrontos em todos os planos da política, da diplomacia e da luta que nos toque", disse.
O Presidente venezuelano começou por explicar que as autoridades venezuelanas detetaram e vigiaram, "durante vários meses, um grupo de funcionários da Embaixada dos Estados Unidos na Venezuela que se dedicava a reuniões com a extrema-direita, a financiá-la e a incentivá-la para ações de sabotagem do sistema elétrico e da economia venezuelana".
"Tenho provas aqui nas minhas mãos", exclamou, precisando que estes funcionários têm uma atitude "hostil, ilegal e intervencionista" que "viola" as leis internacionais, o que, na qualidade de Chefe de Estado, não iria aceitar.
"Em nome da dignidade deste povo que está de pé eu peço apoio completo para este combate contra o intervencionismo e para preservar a paz da República. Não vou permitir nenhum tipo de ação que gere burburinho neste país", afirmou maduro.
Antes do anúncio, Nicolás Maduro acusou a "direita fascista" venezuelana de pretender "aplicar o modelo da Síria" no país e instou os venezuelanos a não se deixarem guiar por "estratégias aventureiras muitas vezes criminosas" contra a paz do país.