Wall Street termina em baixa ligeira sem grande impacto do referendo
A bolsa nova-iorquina terminou hoje em baixa ligeira, com os investidores a mostrarem prudência perante a rejeição pelos eleitores gregos das exigências dos credores do país, mas menos do que as suas congéneres europeias.
© Reuters
Economia Bolsas
Os resultados definitivos da sessão indicam que o Dow Jones Industrial Average cedeu 0,26% (46,53 pontos), para as 17.683,58 unidades, e o Nasdaq 0,34% (17,27), para as 4.991,94.
O índice alargado S&P 500 perdeu 0,39% (8,02), para os 2.068,76 pontos.
Como a maior parte dos mercados mundiais, a bolsa norte-americana reagiu pela negativa à vitória eleitoral do Não na Grécia, no final do referendo realizado no domingo sobre as exigências de reformas feitas pelos credores do país.
Porém, "foi uma reação muito contida, o que é bom sinal", considerou Alan Skrainka, da Cornerstone Wealth Management, argumentando: "Isto mostra que os mercados norte-americanos estão relativamente protegidos da crise grega".
Wall Street perdeu menos do que as bolsas da Zona Euro, cujo índice representativo Eurostoxx 50 desvalorizou mais de 2% ou que a de Londres, que baixou 0,76%.
De momento, na véspera de um Conselho Europeu, a Grécia tem a sua sobrevivência financeira dependente do Banco Central Europeu, o qual está cada vez mais reticente em a garantir, como se viu hoje, ao manter o nível dos empréstimos de urgência, mas endurecendo as condições.
"Ao prolongar os empréstimos de urgência, o BCE aliviou a pressão sobre a Grécia", estimou Skrainka.
"Seja porque o mercado norte-americano já tinha assimilado a perspetiva da vitória do Não, e mesmo a saída" da Grécia do euro, "seja porque, aconteça o que acontecer, não vai ter efeito negativo sobre o crescimento da economia dos EUA", certo é que Wall Street passou relativamente bem o primeiro dia depois do referendo na Grécia, corroborou Sam Stovall, da S&P's Capital IQ.
A este respeito, os investidores norte-americanos digeriram um número encorajador sobre a economia norte-americana, onde a atividade acelerou ligeiramente nos serviços em junho, mesmo que analistas esperassem números ainda melhores.
Entretanto, no plano internacional, Wall Street continua a acompanhar a situação na China, onde as autoridades anunciaram durante o fim de semana uma série de medidas para responder à acentuada queda bolsista, com as cotações a caírem 30% nas últimas três semanas.
As bolsas de Xangai e Shenzen reagiram hoje de forma contrastada, com a primeira a recuperar cerca de 2,5% e a segunda a agravar as perdas em mais de 3%.
"Não se pode ignorar a China, mas pusemos o assunto em suspenso", relativizou Stovall.
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