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Resultados do referendo na Grécia vão marcar semana nos mercados

A semana de mercados que começa hoje vai ficar marcada pelo resultado do referendo na Grécia, com uma vitória do 'sim' a significar uma aproximação aos credores e uma maioria do 'não' pode levar a demissões no Governo grego.

Resultados do referendo na Grécia vão marcar semana nos mercados
Notícias ao Minuto

11:31 - 05/07/15 por Lusa

Economia Analistas

"Grécia foi possivelmente a palavra mais usada pelos analistas em junho, mas a verdade é que, uma vez mais, são os ventos de Atenas que vão marcar mais uma semana", considera Ramiro Loureiro, analista de mercados do Millennium Investiment Banking.

Os gregos vão hoje às urnas dizer 'naí' ou 'oxi' (sim ou não, em grego) às últimas propostas dos credores, depois de uma campanha forte do Governo grego pelo cartão vermelho.

Para Ramiro Loureiro, "a vitória do 'sim' significa uma aproximação do povo grego às pretensões dos credores, facilitando um processo negocial que pode, finalmente, fazer chegar o financiamento que os helénicos tanto aguardam".

O analista considera que esta resposta será "um sinal de afastamento à ideologia do Governo" e que "pode levar à demissão de, pelo menos, alguns membros do Executivo".

Já uma maioria de votos no 'não', escreve Ramiro Loureiro, "representa o reiterar da ideologia do Governo liderado por Alexis Tsipras, que irá a Bruxelas exigir melhores condições para um acordo", mas, no entanto, "são um passo atrás nas negociações com os credores, se é que isso é possível, atendendo às divergências que já existiam antes da votação".

Além disso, apesar de não ser essa a pergunta a votação, o analista diz que ficará "a dúvida" se um voto negativo "representa um primeiro passo rumo à saída da Grécia da zona euro".

Perante o exposto, considera Ramiro Loureiro, "os investidores podem relegar os (poucos) dados macroeconómicos para segundo plano", mas destaca que o "arranque oficial da 'earnings season' [divulgação de resultados das empresas cotadas] nos EUA", com os resultados da Alcoa dia 8, que "tem interesse".

Na segunda-feira, o analista antecipa uma "descida da confiança dos investidores na zona euro em junho, de certa forma natural, face à instabilidade que se tem vivido em torno do futuro grego", demonstrada no indicador 'Sentix'.

Na terça-feira, destaque para os dados da Produção Industrial do Reino Unido (com perspetiva de expansão homóloga de 1,6%) e na Alemanha (antecipado crescimento de 2,6%). Olhos postos ainda na balança comercial de França, principalmente para o ritmo das exportações, "que podem dar um sinal sobre o ritmo das vendas de algumas contadas do CAC40 [principal índice da bolsa de Paris] no exterior".

Na quarta, é a vez dos indicadores referentes à balança comercial do Japão, que "pode mexer com o índice de ações de Nikkei". Destaque ainda para a divulgação das atas da última reunião da Fed (Reserva Federal dos EUA): "É interessante perceber se está a existir unanimidade na atual política monetária, numa altura em que o mercado anseia por sinais sobre o 'timing' de subida de juros", considera o analista do Millennium Investment Banking.

Na madrugada de quinta-feira, os investidores conhecem a evolução da inflação homóloga na China (é estimado aumento para 1,3% em junho), mas "à partida não deve provocar, só por si, reações expressivas nos mercados, isto numa altura em que o índice de ações chinês, o Shangai Composite, está a experimentar descidas acentuadas", tendo perdido "12,1% na última semana, erodindo 28,6% do seu valor em apenas 3 semanas", lembra Ramiro Loureiro.

No mesmo dia, olhos postos ainda nas decisões do Banco de Inglaterra, sem expectativa de "alguma mexida quer na taxa de juro diretora (espera-se nos 0,5%), quer no plano de compra de ativos". Serão conhecidos ainda os indicadores da balança comercial alemã e, em solo norte-americano, serão divulgados os novos pedidos de subsídio de desemprego.

Na sexta-feira, destaque para a divulgação dos dados referentes produção industrial francesa, italiana e grega. Em Portugal, será conhecido a inflação e a balança comercial: "Queremos observar se as exportações estão a ser um dos motores da recuperação económica nacional", afirma. Nos EUA, destaque para o discurso do presidente da Fed, Janet Yellen.

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