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Risco de dívida portuguesa aumenta quase 20%

A instabilidade grega começa agora a mostrar efeitos em outras economias periféricas. No caso de Portugal, os custos de 'seguros' contra um eventual incumprimento aumentaram 18,5%.

Risco de dívida portuguesa aumenta quase 20%
Notícias ao Minuto

17:00 - 29/06/15 por Notícias Ao Minuto

Economia Banca

O risco de dívida de países periféricos está a ser gravemente afetado pela instabilidade vivida na Grécia. De acordo com o Diário Económico, os custos relacionados com ‘credit default swaps’ (CDS), uma espécie de seguros contra eventuais incumprimentos por parte de Portugal, aumentaram 18,5% para 197,87 pontos base, o maior aumento na Europa, de acordo com dados da Bloomberg.

Para proteger uma posição de dez milhões de dólares em dívida portuguesa, os investidores tiveram hoje de pagar um prémio de 197,87 mil euros, 30 mil euros a mais do que os 167 mil euros exigidos pelo mercado, no final da semana.

Os CDS servem como uma salvaguarda à dívida portuguesa. Caso o país entre em bancarrota, cabe à entidade seguradora suportar o resto da dívida.

Na maturidade a dez anos, os investidores exigiam 2,718% pelas taxas das obrigações portuguesas no mercado secundário, valor que agora sobre para os 2,988%. Apesar do aumento, a taxa continua a estar abaixo dos máximos atingidos este mês (3,253% a 15 de junho).

Face a estes aumentos, o diferencial face à dívida alemã (outro indicador que serve para aferir os níveis de risco de dívida) também aumenta, chegando a ultrapassar os 200 pontos base.

Estes aumentos de dívida já eram esperados pelos analistas, que contavam também com uma quebra nas bolsas, graças à crise grega. No caso do PSI20, por exemplo, a desvalorização ultrapassou os 4%, sendo a banca o setor mais afectado.

Ainda assim, os analistas do RBC Capital Markets referem, numa nota aos investidores, que a dúvida nos mercados reside na dimensão dos estragos causados pela dívida grega. No comunicado, os analistas dizem que “isto é algo sem precedentes" e que "é difícil fazer comparações históricas”, acrescentando ainda que “ com a fraca liquidez nos mercados de obrigações, quaisquer fluxos terão um impacto distorcido”. "Houve uma esperança de que um acordo estaria iminente e isto terá provavelmente apanhado alguns dos participantes do mercado desprevenidos”, concluem.

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