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Com ou sem gordura? A dúvida mantém-se (e cresce cada vez mais)

Há quem culpe as dietas pobres em gordura pelos elevados índices de obesidade dos dias de hoje, mas há quem diga que a inclusão de gordura apenas vai trazer mais problemas de saúde. Afinal, em que ficamos?

Com ou sem gordura? A dúvida mantém-se (e cresce cada vez mais)
Notícias ao Minuto

10:03 - 24/05/16 por Daniela Costa Teixeira

Lifestyle Dieta

A National Obesity Forum e a Public Health Collaborative, duas ONGs britânicas, estão no centro das atenções mundiais pelo recente relatório que assinaram conjuntamente.

Ambas culpam a dieta pobre em gordura pelos elevados níveis de obesidade a nível mundial. Esta ideia já tinha sido defendia por Michael Pollan no seu livro ‘Em Defesa da Comida - Manifesto ao Consumidor’ (2010), mas está agora a ser novamente alvo de críticas.

De acordo com a investigação conjunta das duas ONGs, o consumo de gorduras pode não só travar e prevenir a obesidade, como pode ainda ajudar no combate à diabetes tipo 2, duas doenças de estilo de vida que estão na ordem do dia pelas elevadas taxas de incidência (a Organização Mundial da Saúde (OMS) destinou mesmo o Dia Mundial da Saúde à diabetes).

Aseem Malhotra, um dos mentores do relatório, disse à BBC que as pessoas não devem temer a gordura, especialmente se querem emagrecer.

Embora o relatório tenha tido por base a análise minuciosa a 43 estudos feitos sobre o tema, o governo britânico classifica-o como “irresponsável”, defendo que ingerir gorduras, cortar nos hidratos de carbono e ignorar as calorias pode colocar a saúde pública em risco, uma vez que o leque de gorduras saturadas é cada vez mais vasto.

O que diz o relatório das ONGs

Tanto a National Obesity Forum como a Public Health Collaborative defendem a ingestão de gorduras boas, como aquelas que se encontram nos alimentos de origem vegetais ou em alguns tipo de carne.

As duas entidades dizem, porém, que as gorduras saturadas não estão na origem de doenças cardíacas e que a inclusão de leite, iogurte e queijos pode mesmo ser um agente de proteção do coração. Carne, peixe, ovos, sementes, frutos secos, azeite e abacate são exemplos de alimentos com gorduras saturadas que o relatório dá.

Os produtos rotulados como “de baixas calorias”, “magros” ou “de baixo colesterol” devem ser evitados, especialmente por pessoas com diabetes tipo 2, uma vez que incluem açúcares adicionados e disfarçados e ainda gorduras modificadas que podem colocar a saúde em risco.

A redução de hidratos de carbono em prol das gorduras é um dos aspetos mencionados no estudo e que vai ao encontro do que Michael Pollan já tinha dito há seis anos. No seu livro ‘Em Defesa da Comida - Manifesto ao Consumidor’ o autor mencionou alguns estudos que indicam que as pessoas que começaram a evitar gorduras passaram a comer mais e piores hidratos de carbono, acabando por engordar e ficar com diabetes (em parte porque os hidratos de carbono agora comercializados são maioritariamente processados).

As organizações britânicas defendem, ainda, a redução do consumo de açúcares e sugere às pessoas que parem de contar calorias, defendo que não são estes números que fazem engordar, mas sim os petiscos entre as refeições, as escolhas menos adequadas e o consumo exagerado de hidratos de carbono refinados ao longo do dia.

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