Devemos manter o registo das calorias perdidas?
A quantidade de calorias perdidas é sempre um bom indicador da intensidade do exercício físico, mas nem sempre é o retrato mais fiel da perda de peso.
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Lifestyle Exercício
As máquinas do ginásio dizem quantas calorias perdeu, o ‘relógio fitness’ que comprou há semanas mantém o registo da percentagem de gordura perdida e a aplicação móvel faz as médias. Não serão números a mais? Possivelmente sim.
A quantidade de calorias perdidas é sempre um bom indicador da intensidade do exercício físico, mas nem sempre é o retrato mais fiel da perda de peso. E basta olhar para os diferentes valores que cada um dos equipamentos dá.
Embora seja possível colocar o género, o peso, a altura e a idade em cada uma das máquinas do ginásio, os resultados apresentados são meras estimativas, tal como aqueles que os relógios fitness indicam ao final de cada treino. Mas este não é o único problema dos números.
Ao Huffington Post, E. Tood Schoroeder, da Universidade Sul da Califórnia (nos Estados Unidos), diz que os números apresentados podem enganar as pessoas e levar a que comam mais depois do treino, pensando que o gasto calórico foi mais do que suficiente para fazer frente à gula do pós-treino. Está a ver a famosa hashtag #eucorroeuposso e as imagens que a ela estão associadas? Pois bem, é disso que falamos.
Estes números, diz o especialista em exercício físico e diretor da centro de pesquisa da universidade, são sobrestimados pelas pessoas, o que faz com que subestimem as calorias ingeridas, acabando por criar um desequilíbrio que não só coloca e causa o sucesso da dieta, como pode ainda ser prejudicial para a saúde.
Além disso, por muito elevado e motivador que o número de calorias perdidas seja, a inexistência de resultados físicos – quer seja a nível de perda de peso ou perda de volume – podem levar a que as pessoas desistam mais facilmente da atividade física, uma vez que não a fazem por prazer, mas sim por obrigação (que foi imposta por esta ditadura dos números).
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