Nova era da oncologia: tratar menos é a solução
A redução da terapia tem sido a solução encontrada em alguns casos específicos de cancro.
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Lifestyle Saúde
Na era da oncologia moderna, há uma forma de tratamento que se destaca. Ou melhor, uma forma de não tratamento.
Conta o site da revista Veja que a redução do tratamento em alguns casos ou até mesmo o não tratamento de todo do tumor são duas das opções tidas actualmente em conta na nova conduta médica.
Optar por não tratar é a solução em alguns tipos de cancro em fase inicial ou de lesões que ainda não portam a devida gravidade da doença (e devida necessidade de tratamento).
Segundo a revista, este novo procedimento vai contra os ideais de tratamento do cancro e que incluem a aniquilação de todo e qualquer sinal cancerígeno do corpo. Contudo, não faltam exemplos de casos em que não foi a doença que matou o paciente, mas sim a cura (leia-se os tratamento excessivos e agressivos anti cancro).
“Muitas mulheres ficaram curadas com os avanços tecnológicos dos últimos anos, mas outras tantas receberam tratamentos agressivos sem necessidade”, disse o médico Antonio Frasson, do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
O cancro da mama é um dos exemplos mais expressivos de como o tratamento pode ser penoso para a mulher, tendo um recente estudo questionado o verdadeiro benefício da radioterapia no tratamento no tratamento do carcinoma mamário in situ.
Estima-se que até 75% dos pacientes com cancros inofensivos, como é o caso do carcinoma in situ, estejam a ser submetidos a doses exageradas de terapias, o que pode debilitar a saúde em geral e agravar o cancro.
Esta nova era da medicina oncológica não se quer ficar apenas pelas tentativas de não tratamento. Quer mesmo mudar a forma como a Medicina, a Ciência e a sociedade olham para a doença. E o primeiro passo já foi dado: um grupo de médicos dos Estados Unidos propôs, num artigo publicado no JAMA Oncology, a reclassificação dos tumores menos graves. O objetivo é que em vez de receberem o nome cancro, passeem a ser chamados de ‘lesões indolentes de origem epitelial’.
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