2015 foi um ano forte na Medicina. Multiplicaram-se os estudos, as investigações, as descobertas e os avanços. A BBC reuniu os principais passos dados pela Medicina neste ano que termina em breve.
Alteração genética – Uma investigação levada a cabo na Universidade de Sn Yat-sem revela que é possível corrigir erros no ADN e que dão origem a um transtorno sanguíneo chamado de talassemia beta.
Crescimento da imunoterapia – Uma aprofundada pesquisa apresentada no congresso anual da Sociedade de Oncologia Clínica dos Estados Unidos revela que a imunoterapia desfaz o mecanismo de ‘disfarce’, deixando o cancro exposto aos ataques do nosso próprio sistema imunitário. O objetivo é fazer com que o organismo seja capaz de combater os tumores tal como faz com o vírus da gripe, que é destruído.
Com esta nova técnica, alguns pacientes oncológicos passaram de um estado terminal da doença para uma ausência completa de tumores. O estudo provou ainda que a taxa de sobrevivência aumentou para o dobro nos pacientes com cancro do pulmão submetidos a este novo tratamento. No caso de melanoma (cancro da pele), o tamanho dos tumores diminuiu em seis em cada 10 pacientes.
Medicamento que reduz a progressão do Alzheimer – A farmacêutica Eli Lilly deu a conhecer o solanezumab, aquele que pode ser o medicamento que reduz a progressão de demência em um terço, anuncia a BBC.
Resistência a antibióticos - Foram identificadas bactérias capazes de resistir à ação dos antibióticos, situação que tem preocupado os médicos em geral. Os cientistas detetaram que existem bactérias capazes de resistir à colistina, um fármaco que somente é administrado quando já nenhum outro resulta.
Nos Estados Unidos está a ser desenvolvido um novo antibiótico altamente eficaz.
Bebé ‘congelado’ – Foi em 2017 que a primeira mulher do mundo deu à luz um bebé recorrendo ao tecido do seu próprio ovário, que tinha sido congelado quando era ainda adolescente. Esse tecido foi colocado novamente no seu corpo 10 anos depois de ter sido removido. Foi o primeiro bebé ‘congelado’, como diz a BBC.
Transplante de rosto – Uma equipa de cirurgiões dos Estados Unidos realizou, este ano, o maior transplante de rosto feito até à data. Após 26 horas de cirurgia, Patrick Hardison conseguiu um novo rosto, com um transplante que inclui as pálpebras, as orelhas e o couro cabeludo.
Transplante de crânio – Os Estados Unidos foram também palco do primeiro transplante de crânio do mundo, ao qual se juntou ainda um transplante de couro cabeludo.
Novo acesso ao cérebro – Os cientistas conseguiram, também este ano, ultrapassar a camada de proteção do sistema nervoso central. O objetivo passa por fazer com que os fármacos usados para combater o cancro cheguem ao cérebro da forma mais correta.
Transplante de pénis – Foi em 2015 que esta cirurgia aconteceu, pela primeira vez, com sucesso. O transplante foi feito na África do Sul.
Criada vacina com 100% de sucesso na erradicação do Ébola. Após ver a doença que assolar o mundo este ano, a ciência conseguiu colocar um travão, não tendo, porém, evitado o elevado número de mortes.