Denise B. Kande, médico e professor da Escola Pública de Saúde da Universidade de Columbia, dá mais um bom motivo para que os pais não fumem junto dos filhos.
Além dos já conhecidos – o impacto negativo do fumo na saúde das crianças, por exemplo – existe agora um outro que pode, também, dizer muito sobre a saúde da criança no futuro. Diz uma recente investigação de Kande que as crianças com pais fumadores apresentam uma maior tendência de serem fumadores no futuro.
Mais concretamente, diz o site New York Magazine, 13% dos jovens já fumaram mesmo quando os pais nunca foram fumadores, mas a percentagem aumenta quando os pais já fumaram algum momento da vida: 19,3%.
Se os pais eram fumadores no ano anterior, a percentagens de jovens que já experimentou o tabaco aumenta para 27,8%, mas se os pais são atualmente fumadores, a percentagem eleva-se para os 38,2%.
E mesmo no caso dos jovens que são assumidamente fumadores – e não apenas de forma esporádica – a presença de um pai ou de uma mãe com o vício aumenta. No levantamento feito, 4,6% dos jovens mostrou-se dependente do tabaco mesmo quando os pais nunca fumaram, 5,6% quando os pais já foram em algum momento fumadores, 7,8% se os pais eram fumadores no ano anterior à análise e 15,1% se os pais são, ainda agora, fumadores.
O estudo deste médico norte-americano revela ainda que as raparigas são quatro vezes mais tendentes a fumar quando as mães também o fazem e duas vezes mais se as mães já tiverem sido fumadoras, lê-se na publicação. Quanto aos rapazes, não há dados que evidenciem uma influência concreta do pai ou da mãe.